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Vírus, Bactéria e a Ecologia Microbiana: aliança entre o homem e a natureza em tempos de COVID-19

 

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Vírus, Bactéria e a Ecologia Microbiana: aliança entre o homem e a natureza em tempos de COVID-19

Por Rodrigo Berté e Willian B. Sales

[EcoDebate] Nunca ouvimos falar tanto em vírus e bactérias como nesse momento que estamos vivendo. Foram criados tantos conceitos sem se ter comprovação científica, e esse artigo surgiu com base nos diferentes debates e informações dissociadas do que é ciência e o que se pode associar entre saúde e doença.

Estamos familiarizados, atualmente, com o processo de infecção e imediatamente o associamos à doença ou a enfermidade. É importante que se diga que quando um vírus se estabelece em uma célula, começa a reproduzir-se, invade células vizinhas e transmite instruções que provocam uma verdadeira desorganização de nossas funções normais, fazendo com que nos sintamos doentes e busquemos erradicá-los.

Infecção é associação, do ponto de vista biológico, indesejável. Não somente os vírus e as bactérias podem invadir nossas células. Lembrando das aulas de biologia ou de ciências, os vírus são constituídos de DNA (uma molécula presente no núcleo das células de todos os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um organismo) ou RNA (molécula que apresenta informações com as quais é possível coordenar a produção de proteínas) e proteína. Por tanto, partículas de DNA de macro ou microrganismos, ou provenientes de organismos já mortos, podem também, invadir ou estabelecer-se em uma célula. Algumas pesquisas do século passado sobre a estrutura e comportamento do DNA, a incorporação de bactérias à lista de “cobaias” de laboratório em virtude de sua relativa simplicidade de estrutura e facilidade de multiplicação, e a descoberta da persistência, em todos os organismos e em toda a biosfera (esfera da vida), revolucionaram a biologia molecular. Esse dado deixou clara a relação entre animais (o homem incluído) e plantas, a compreensão da relação ecológica e de equilíbrio no ambiente para manutenção da vida e como as doenças podem surgir quando o meio não é equilibrado.

Doenças emergentes e reemergentes estão aparecendo de forma muito rápida, apontando o desequilíbrio existente entre a tríade homem, animal e ambiente. A quebra de paradigma ocorrerá quando pensarmos como um único ser, um único organismo, quando pensarmos em Saúde Única, ou seja, saúde humana, saúde animal e saúde ambiental. Essa será a única forma de evitarmos o surgimento de novas catástrofes de cunho biológico, que colocará em risco a vida no Planeta Terra. A Saúde Única, está relacionada a saúde ambiental, ecologia, saúde pública, saúde humana, saúde animal, saúde econômica e as interações entre a saúde individual, saúde das populações e a saúde dos ecossistemas. Levando em consideração as infecções virais e bacterianas, a resistência aos antimicrobianos e os mais diferentes tipos de zoonoses existentes.

Desde os tempos de Hipócrates ficou evidente a necessidade de dar atenção aos fatores ambientais, em se tratando de saúde. Falava-se em poluição desde os tempos em que acreditavam que as doenças provocadas pelos miasmas (doenças infecciosas e epidêmicas) eram as que empesteavam a atmosfera.

Por fim, o homem é o único animal que poderia aprender pelo exemplo, aproveita-se da experiência alheia, e não o faz. A pandemia atual, constitui uma necessidade urgente de mudanças de paradigmas e uma verdadeira aliança entre o homem e a natureza.

Autores:

Rodrigo Berté, diretor da Escola Superior de Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.

Willian B. Sales, coordenador de Pós-Graduação em Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 07/08/2020

 

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