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Emergência Climática: No Caribe, número de crianças deslocadas por tempestades e inundações aumentou seis vezes em cinco anos

 

Caribe: Previsão é de que mudanças climáticas causem mais furacões nas categorias 4 e 5 na região; chefe do Unicef diz que crianças já “estão sentindo os impactos das mudanças climáticas”.

 

Vista da destruição nas Bahamas causada pela passagem do pelo furacão Dorian
Vista da destruição nas Bahamas causada pela passagem do pelo furacão Dorian. Foto: Foto ONU/Mark Garten

ONU News

O número estimado de crianças deslocadas por tempestades e inundações nas ilhas do Caribe teve um aumento de seis vezes nos últimos cinco anos.

De acordo com um novo relatório publicado nesta sexta-feira, 6 de dezembro, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, cerca de 761 mil crianças foram deslocadas internamente por tempestades entre 2014 e 2018 na região. Estes também foram os cinco anos mais quentes já registrados.

Esse é um aumento de quase 600 mil meninos e meninas, em comparação com as 175 mil crianças deslocadas nos cinco anos anteriores, entre 2009 e 2013. Para a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, “este relatório é uma lembrança forte de que a crise climática é uma crise dos direitos da criança.”

Fore disse que as crianças “já estão sentindo os impactos das mudanças climáticas, e por isso governos e a comunidade internacional devem agir agora para mitigar suas consequências mais arrasadoras.”

Segundo o relatório, a principal causa do aumento foi uma série de ciclones ou furacões tropicais catastróficos que atingiram a região entre 2016 e 2018, incluindo quatro tempestades de categoria 5 e duas de categoria 4. Mais de 400 mil crianças foram deslocadas por furacões apenas em 2017.

A agência da ONU alerta que, sem ações urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, a proporção crescente de tempestades severas provavelmente resultará em níveis igualmente altos de deslocamento forçado nas próximas décadas.

Esse deslocamento pode ser relativamente curto ou durar anos, à medida que as comunidades reconstroem casas, estradas, pontes, redes de energia, agricultura, escolas, hospitais e sistemas de água e saneamento. As crianças são particularmente vulneráveis, principalmente se forem separados de suas famílias ou se os pais morrerem.

Os menores também sofrem um risco maior de contrair doenças oportunistas, como sarampo e infecções respiratórias, que podem se espalhar em condições de superlotação em abrigos de emergência. Outro problema é o acesso limitado ou inexistente aos serviços essenciais de que precisam para prosperar, incluindo educação, proteção e cuidados de saúde.

O relatório pede aos governos que tomem medidas para ajudar as comunidades a se prepararem e se recuperarem de tempestades catastróficas.

Algumas das recomendações incluem colocar as crianças no centro das estratégias e planos de resposta às mudanças climáticas, reduzir emissões de carbono e poluição e ajudar famílias deslocadas a permanecerem juntas.

Da ONU News, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 09/12/2019

[cite]

 

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