EcoDebate

Plataforma de informação, artigos e notícias sobre temas socioambientais

Notícia

Desmatador foi condenado por extrair ilegalmente 9 mil e 300 m3 de madeira da floresta amazônica, o equivalente a 232 caminhões carregados de toras

 

condenação

Arte: Secom/PGR

A Justiça Federal em Itaituba (PA) condenou Giovany Marcelino Pascoal a pagar mais de R$ 1,6 milhão em indenizações e danos pelo desmatamento de 244,74 hectares de floresta amazônica. Pascoal foi preso em 2014 na Operação Castanheira, uma das maiores operações contra o desmatamento na Amazônia e responde a 25 processos por devastação florestal. Na época, ele foi considerado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos principais líderes do que era a maior quadrilha de desmatadores, até então, na região da BR-163, próximo a Novo Progresso, sudoeste do Pará.

A sentença, do dia 5 de dezembro de 2018, determina o pagamento de R$ 1,4 milhão por um dos desmatamentos ilegais dos quais Pascoal é acusado. Ele também foi condenado a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos à sociedade brasileira, que tem direito constitucional ao meio ambiente saudável e equilibrado. Além disso, o empresário deve apresentar um plano de recuperação das áreas que degradou, teve o cadastro ambiental rural (CAR) suspenso e está impedido de receber incentivos e benefícios fiscais e participar de linhas de financiamento públicas até comprovar a recuperação integral e a regularização ambiental das terras exploradas ilegalmente.

De acordo com a sentença da Justiça Federal, cada metro cúbico da madeira extraída ilegalmente por Pascoal vale comercialmente, no mínimo, R$ 155,83. Multiplicando o valor mínimo do recurso florestal pela tabela da Secretaria da Fazenda do Estado do Pará, ficou estabelecido o valor de R$ 1,5 milhão como dano causado pelo desmatador. Conforme a Constituição brasileira e a legislação ambiental em vigor, o desmatador é responsável não só por ressarcir o dano causado, mas também à recomposição ambiental. Para isso, deve ser elaborado um plano de recuperação ambiental por profissional habilitado, que deve ser apresentado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e ao MPF, inteiramente financiado pelo causador dos danos.

Operação Castanheira – A Operação Castanheira foi deflagrada em agosto de 2014 pela Polícia Federal, Ibama, Receita Federal e MPF contra quadrilha de desmatadores e grileiros considerada pela organização da operação como uma das que causaram mais danos na Amazônia até então.

No mês seguinte o MPF pediu à Justiça a condenação dos 23 denunciados a um total de 1.077 anos de cadeia pela prática de 17 tipos de crimes. O processo aguarda sentença.

Íntegra da sentença

Processo n° 0001872-39.2016.4.01.3908 – 1ª Vara – Itaituba

Fonte: MPF/PA
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/12/2018

[cite]

 

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate, ISSN 2446-9394,

Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.

O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

Remoção da lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para newsletter_ecodebate+unsubscribe@googlegroups.com ou ecodebate@ecodebate.com.br. O seu e-mail será removido e você receberá uma mensagem confirmando a remoção. Observe que a remoção é automática mas não é instantânea.