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Preocupação com educação básica é maior do que com desemprego em Campinas

 

Sala de aula. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Sala de aula. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

A preocupação com a educação básica é maior do que com o desemprego e a habitação em Campinas, na população entre 15 e 64 anos. A informação consta de estudo divulgado nesta 4ª Semana da Educação de Campinas, iniciativa da Fundação FEAC, no âmbito do Compromisso Campinas pela Educação (CCE). As áreas com maiores problemas em Campinas, na percepção dos entrevistados, foram apuradas no cenário da pesquisa feita para o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF) de 2013 de Campinas, elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro.

A 4ª Semana da Educação de Campinas prosseguiu na manhã desta quinta-feira, 07 de novembro, com o Bate Papo Aprender Juntos, evento realizado na sede da FEAC. Especialmente inspirado na temática da campanha publicitária “Aprender juntos para que a escola ensine”, do Compromisso Campinas pela Educação, o evento reuniu pais, professores e alunos para debater os desafios e oportunidades na educação a partir das perspectivas destes agentes.

Áreas com problemas – O INAF de 2013 do município foi levantado pelo Instituto Paulo Montenegro, como uma das pesquisas contratadas pelo Observatório da Educação de Campinas, iniciativa lançada em maio deste ano pela Fundação FEAC, também no âmbito do Compromisso Campinas pela Educação. O objetivo do Observatório é justamente democratizar e ampliar o direito de acesso às informações sobre Educação, bem como disponibilizar dados, de forma simples, ao grande público, com ênfase na melhoria da educação pública em Campinas.

De acordo com a pesquisa, a educação básica aparece em quarto lugar, com 27%, no ranking de “áreas de maiores problemas” em Campinas, na percepção dos entrevistados considerados como analfabetos funcionais. Segundo o INAF 2013 de Campinas, 30% da população de 15 a 64 anos do município são considerados analfabetos funcionais.

Entre este segmento, as “áreas de maiores problemas” em Campinas são as da Saúde (59%), Segurança Pública (43%), Drogas (33%) e Educação Básica (27%), vindo em seguida as áreas de Empregos (12%), Fome/Miséria (12%), Habitação (9%) e Corrupção (5%).

No segmento considerado como de cidadãos com alta escolaridade, mas não plenamente alfabetizados, as “áreas de maiores problemas” em Campinas são as da Saúde (61%), Segurança Pública (44%), Drogas (33%) e Educação Básica (32%), vindo em seguida as áreas de Empregos e Corrupção (13%) e Fome/Miséria (11%). Segundo a pesquisa, o grupo de cidadãos com alfabetismo básico representa 42% da população de Campinas naquela faixa etária.

Entre os cidadãos considerados como de alfabetismo pleno, as “áreas de maiores problemas”, segundo os entrevistados, são as de Saúde (76%), Segurança Pública (44%), Educação Básica (41%), Drogas (24%), Habitação (17%), Corrupção (14%) e Empregos (11%). De acordo com o INAF 2013 de Campinas, 28% da população de 15 a 64 anos estão no grupo de alfabetismo pleno.

Os entrevistados apontaram, em uma lista de áreas chave para a qualidade de vida, aquelas que consideravam como as de “maiores problemas”. Cada entrevistado podia indicar até três opções.

Braço “social” do IBOPE, o Instituto Paulo Montenegro realiza a pesquisa nacional INAF desde 2001, quando a iniciativa foi criada em parceria com a ONG Ação Educativa. A metodologia seguida considera quatro níveis de alfabetismo na população: analfabetismo e alfabetismo rudimentar, compondo o contingente de analfabetos funcionais, e alfabetismo básico e pleno, compondo o grupo de funcionalmente alfabetizados.

O INAF de 2013 de Campinas foi apurado a partir de 406 entrevistas domiciliares, feitas entre 03 e 16 de junho e 02 e 10 de setembro. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O INAF de 2013 de Campinas também levantou, junto da população em estudo, suas maiores preocupações e os seus hábitos de leitura, escrita e cálculo.

Pela metodologia utilizada, o nível de alfabetismo rudimentar, considerado aquele característico de analfabetismo funcional, é aquele em que as pessoas apenas localizam uma informação explícita em textos curtos e familiares e leem e escrevem números usuais em situações cotidianas. O nível de alfabetismo básico é aquele em que os cidadãos leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. O nível de alfabetismo pleno é aquele em que os cidadãos têm habilidades que não impõem restrições para compreender e interpretar textos usuais: leem, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapas e gráficos.

MC Thaíde – Na quarta-feira, dia 06 de novembro, à noite, o MC Thaíde (referência no meio jovem, que hoje integra a equipe de apresentadores do programa A Liga, veiculado pela Band) teve um bate papo com adolescentes e jovens no Espaço Palco Oficina, do colégio Oficina do Estudante. Após a interação com o público presente, o rapper promoveu um pocket show. Toda a programação de quarta-feira da 4ª Semana da Educação foi dedicada para a juventude de Campinas.

O DJ Thaíde esclareceu que frequentou pouco a escola, somente três anos do ensino fundamental. “Cursei a escola da vida”, disse. Entretanto, afirmou que sempre reitera para os jovens a importância de participar da escola, se empenhando para que a escola pública, sobretudo, melhore. “Mas os jovens têm me dito que a escola não está atraente, não oferece muitos atrativos”, observou.

A 4ª Semana da Educação de Campinas tem nesta edição o Patrocínio Master de Graber, DPaschoal, Iguatemi Campinas, Brasilinvest e CPFL Energia. Tem ainda Patrocínio Especial do Vitória Hotel Concept Campinas e Apoio Especial da Brasil Kirin. A Semana da Educação 2013 conta também com apoio do SESI, Colégio Oficina do Estudante, Fundação Educar DPaschoal, movimento nacional Todos Pela Educação, Academia Prodança, Prefeitura Municipal de Campinas e Governo do Estado de São Paulo.

EPTV Campinas, RAC – Rede Anhanguera de Comunicação, Grupo Bandeirantes de Comunicação, Rádios Globo-CBN Campinas, TVB Record, GM7 Mídia Digital e Clear Channel integram o rol de aliados do Compromisso Campinas pela Educação já que a divulgação da campanha publicitária da Semana da Educação de Campinas 2013 se dá graças aos apoios desses parceiros que gentilmente cedem espaços para publicação e exibição das peças.

Colaboração de José Pedro Martins, para o EcoDebate, 12/11/2013


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