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Pesquisa da ONU indica que urbanização rápida levará 3 bilhões a viverem em favelas até 2050

 

Pesquisa da ONU revela que tendência ameaça desenvolvimento sustentável; levantamento calcula que mais de 6 bilhões de pessoas vão morar em cidades.

 

Favela na região do Jaguaré, zona oeste da capital paulista. Foto: Cecilia Bastos e Jorge Maruta/ USP Imagens
Favela na região do Jaguaré, zona oeste da capital paulista. Foto: Cecilia Bastos e Jorge Maruta/ USP Imagens

 

 

O mundo terá 3 bilhões de pessoas vivendo em favelas em 2050 caso não haja ideias para enfrentar a rápida urbanização. Hoje, 1 bilhão de pessoas vivem em locais sem infraestrutura e serviços básicos como saneamento, energia elétrica e saúde. Os dados são do relatório “Pesquisa Mundial Econômica e Social 2013”, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA).

Segundo o documento, a visão de promover o bem-estar econômico e social para proteger o meio ambiente não foi alcançada por causa do aumento das desigualdades, lacunas e deficiências nas parcerias de desenvolvimento, rápido crescimento populacional, mudanças climáticas e degradação ambiental.

O DESA examina os três principais desafios para o desenvolvimento sustentável – cidades sustentáveis, alimentação e transformação de energia. Temas debatidos também na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro em junho de 2012.

“A Rio+20 reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável e adotou um quadro abrangente para a ação e um acompanhamento compreensivo”, escreveu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no prefácio do estudo. Para ele, o documento é “um recurso valioso” para traduzir o resultado da Rio+20 em ações concretas.

Curitiba: referência no desenvolvimento sustentável

De acordo com a pesquisa, o desenvolvimento sustentável das zonas urbanas exige a integração, coordenação e investimentos para resolver, dentre outras, as questões de uso da terra, combate à fome e desnutrição, criação de emprego, infraestrutura de transporte e conservação da biodiversidade.

O relatório classifica iniciativas em Curitiba como referência para o desenvolvimento sustentável. Em destaque, o Plano Diretor da cidade, que garantiu um serviço de transporte urbano de alta qualidade na superfície – mais barato, mais rápido, reduzindo engarrafamentos, o o uso do combustível e as emissões de carbono.

Outras iniciativas da capital paranaense também foram destacadas, como os  60 metros quadrados de área verde por habitante, uma das taxas mais altas do mundo. Sua política municipal rigorosamente aplicada garante que os rios e córregos sejam protegidos e a água da chuva seja coletada e reciclada. Além disso, programas relevantes de resíduos sólidos também têm sido implementados.

Mudança na produção e consumo de alimentos

O estudo alerta que a produção e o consumo de alimentos terá que mudar para manter a taxa estimada em 32% sobre o desperdício de comida em todo o mundo. É preciso obter um crescimento de 70% para alimentar o adicional de 2,3 bilhões de pessoas estimadas para a população mundial em 2050.

“O principal desafio, no entanto, é aumentar a produção de alimentos enquanto se minimiza o impacto ambiental e, naturalmente, ampliar a eficiência no uso dos recursos”, registra o documento.

Informe da ONU Brasil, publicada pelo EcoDebate, 05/07/2013


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