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Ibama impede fraude que legalizaria 2,7 mil caminhões de carvão ilegal no Pará

 

desmatamento ilegal na Amazônia
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O Ibama embargou três madeireiras e três carvoarias envolvidas em esquemas de legalização fraudulenta de carvão vegetal, entre 18 e 22 de março, em Tailândia, no sudeste do Pará. Na operação, os agentes ambientais identificaram 46 mil m³ de resíduos de serraria fictícios ativos nas contas das empresas no Sisflora – o sistema eletrônico que controla a compra, venda e transporte de produtos florestais no estado –, que foram bloqueados.

Se não fossem flagrados pela fiscalização, eles seriam utilizados para esquentar cerca de 2,7 mil caminhões de carvão ilegal e gerariam mais de mil hectares de novos desmatamentos. As multas aplicadas aos empreendimentos e seus responsáveis somaram R$ 15 milhões.

Diferença entre saldo e estoque

“Os pátios das serrarias estavam quase vazios de resíduos (que são as sobras do beneficiamento da madeira em tora) quando deveriam estar abarrotados, se fossem reais os saldos no Sisflora. Na verdade, eles só existiam no sistema eletrônico e seriam usados para emitir Guias Florestais para colocar no mercado o carvão irregular produzido nos assentamentos agrários e pequenos desmates da região”, explica o coordenador da operação, o analista ambiental Fernando Polli.

O Ibama ainda apreendeu 1,5 mil m³ de madeira ilegal nos estoques das empresas (60 caminhões cheios). Entre as árvores, havia aproximadamente 120 m³ de toras de castanheiras-do-pará, espécie ameaçada de extinção e protegida por lei contra o corte e a exploração da madeira.

Nas auditorias no Sisflora, que antecederam a fiscalização, o Ibama verificou que o destino do carvão das empresas do esquema era sempre abastecer uma das siderúrgicas de Marabá.

Nelson Feitosa
Ascom Ibama/PA
Foto: Fernando Polli

EcoDebate, 01/04/2013


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