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Energia das marés pode abastecer plataformas de exploração de petróleo no pré-sal

 

Turbina para geração de energia elétrica por corrente marinha. Projetado na Europa, este modelo pode ser adaptado para gerar energia por meio de correntezas do rio. Foto: Planeta Coppe/UFRJ
Turbina para geração de energia elétrica por corrente marinha. Projetado na Europa, este modelo pode ser adaptado para gerar energia por meio de correntezas do rio. Foto: Planeta Coppe/UFRJ

 

A instalação de dispositivos off shore geradores de energia a partir das marés para utilização pelas plataformas de petróleo ou em ilhas é uma das possibilidades apresentadas por Segen Estefen, professor titular de Estruturas Oceânicas da UFRJ e diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe. O professor fez a palestra “Energias renováveis e sustentabilidade nos oceanos”, durante o V Congresso Brasileiro de Oceanografia, que acontece até 16 de novembro no Centro de Convenções Sul América no Rio de Janeiro.

O Brasil, disse, está entre os principais players do setor de geração de energia a partir das ondas e marés marítimas: “Ao contrário do que aconteceu na eólica, neste caso estamos na linha de frente. Estamos entre os 30 países no desenvolvimento e entre os dez que já desenvolveram protótipos para testes.”

Apesar do estágio de pesquisa, Segen reconhece que há muito a fazer: “Estamos ainda no estágio da energia eólica de 20 anos atrás. A diferença é que o Brasil está dentro do processo como gerador da energia e não apenas como usuário.” Segundo afirmou, a energia dos mares ainda demanda estudos e aportes de tecnologia para se tornar competitiva. Sua aposta é na energia proveniente do mar como complementar às outras fontes de energia renováveis, com as quais deve trabalhar de forma integrada.

De acordo com Rafael Malheiro, pesquisador da Coppe, há estudos em andamento para definir as áreas apropriadas para instalação de unidades geradoras em todo o país. As características das regiões sul e sudeste permitem melhor utilização da energia a partir das ondas. Já no norte e nordeste o melhor aproveitamento vem das marés. Uma das ideias para auxiliar nas definições é a edição de um atlas, com mapeamento das condições da costa.

Outra necessidade é a identificação dos usuários, que podem ser, por exemplo, comunidades isoladas e carentes de energia, colônias de pescadores, unidades militares, portos, iluminação pública de praias, as plataformas de petróleo ou, ainda, o uso industrial que envolve até mesmo a dessalinização de água e seu uso na própria indústria ou na agricultura. “Com o pré-sal e a exploração em plataformas a até 200 km do litoral, a ideia de instalarmos fazendas geradoras de energia com as marés é extremamente apropriada”, defende Malheiro.

Informe do V Congresso Brasileiro de Oceanografia, enviado por Ivan Accioly para o EcoDebate, 19/11/2012

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