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Artigo

A dependência do corpo animal com relação ao da biomassa, artigo de Antonio Germano Gomes Pinto

[EcoDebate] A idéia principal deste modesto trabalho é conscientização dos leitores sobre a necessidade da manutenção e conservação da biomassa, do verde que nos cerca.

Os animais, dos quais fazemos parte, precisa do oxigênio para respirar, para viver. A ausência do oxigênio no ar que respiramos representa a fatalmente a morte.

Nós vivemos em “simbiose” unilateral com o vegetal. Dependemos do vegetal para sobreviver, mas o vegetal não precisa de nós. Muito pelo contrario, se a espécie humana fosse extinta, eliminada da face da Terra, o vegetal passaria a usufruir sua plenitude vital, livre de seu predador principal e implacável, o homem.

O vegetal, utilizando a energia solar, em presença da água, fixa o carbono do gás carbônico e libera o oxigênio, princípio vital da vida animal.

É o que conhecemos como fotossíntese.

A biomassa, o verde, funciona como uma usina geradora de oxigênio.

A vida animal utiliza os pulmões, através dos alvéolos, para receber o oxigênio que queima os alimentos transportados pelo sangue, gerando a energia necessária a manutenção do organismo animal.

Durante a queima dos alimentos, os pulmões eliminam o gás carbônico e absorvem o oxigênio e a água.

O interessante é que o corpo animal é a única máquina capaz de gerar trabalho utilizando baixa energia, sonho do homem ainda não conseguiu em suas máquinas térmicas.

Nos vegetais, o gás carbônico agirá de forma semelhante, fornecendo carbono que, em conjunto com a água, irá formar moléculas complexas como a celulose, semi-celulose, a lignina, os óleos essenciais, etc.

A água fornece o hidrogênio elementar que irá ajudar na saturação das estruturas de carbono nas moléculas que compõem as estruturas vegetais.

A água entra pelas raízes do vegetal, arrastando com ela os sais minerais e nutrientes necessários a vida vegetal, indo até as folhas, principais órgãos respiratórios dos vegetais. As folhas são os pulmões dos vegetais.

A “subida” da água e nutrientes até as folhas acontece devido ao efeito capilar e a evaporação.

A evaporação força a subida da água até as folhas e a saída do excesso da mesma para atmosfera, provocando a amenização do clima, condicionando o ar que respiramos.

O oxigênio que respiramos tem que ser úmido, tem que conter vapor de água para não “queimar” nossos pulmões.

Uma árvore de porte médio, fixa em torno de cinqüenta litros de água na sua estrutura e é capaz de liberar para o meio ambiente, para o ar igual volume de água conforme as necessidades ambientais, havendo permanente entrada e saída de água do corpo do vegetal com transporte de nutrientes.

A vida animal, além de respirar o oxigênio gerado pela biomassa, tem sua alimentação, ou melhor, sua nutrição provida também da biomassa.

Precisamos também do verde para nos nutrir.

Até o bife nosso de cada dia vem do animal que se nutriu da biomassa.

Os animais carnívoros, indiretamente, se alimentam, também, com a biomassa ao devorar animais herbívoros.

Há, portanto, uma dependência total e absoluta da vida animal com relação à vida vegetal e há uma independência radical da vida vegetal com relação a vida animal.

Conclusão:

Toda vez que derrubamos uma arvore, será como se cortássemos um pedaço de nosso corpo, de nossos pulmões.

Por que será que o homem ainda não pensou nisso?

A vida celular, a micro fauna e a micro flora, se extingue quando atinge o auge do progresso e do desenvolvimento.

Será que o homo sapiens que nada mais é que um agregado de células, está se degradando, voltando à lógica dos homens das cavernas?

Estamos cometendo um suicídio coletivo, se a destruição da biomassa continuar no ritmo atual, a vida animal será extinta em menos de cem anos.

Antonio Germano Gomes Pinto, Engenheiro Químico, Químico Industrial, Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas, Licenciado em Química, Especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, Geoquímico, Especialista em Gestão e Tecnologia Ambiental, Perito Ambiental, Auditor Ambiental e autor de duas patentes registradas no INPI, no Merco Sul, na UE, na World Intellectual Property Organization números WO2000/027503 and WO 1996/015081 e em grande número de países.

EcoDebate, 15/07/2011

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