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Artigo

Educação Ambiental, artigo de Roberto Naime

[EcoDebate] No dia 14 de junho de 1992, foi aprovada a Agenda 21, durante a reunião promovida pela ONU sobre o meio ambiente que ficou conhecida como Rio 92. A agenda 21 é um programa de ações recomendadas para todos os países na promoção da preservação do meio ambiente.

No seu capítulo 36 discute a temática da educação ambiental. Há um consenso sobre o tema, sendo proposta uma reorientação do ensino, que priorize os conceitos de desenvolvimento sustentável, promova o aumento da consciência pública sobre o tema e desenvolva programas de treinamento.

Voltamos à questão das prioridades. No estado do Mato Grosso, onde o ensino público convencional a todo momento é avaliado como um dos piores do país, como vamos incluir uma variável ambiental e transdisciplinar eficiente? Transdisciplinar quer dizer que é um tema que transita por todas as áreas do saber.

O capítulo 36 da agenda 21 ressalta que o ensino formal, a conscientização pública e o treinamento são os processos pelos quais os seres humanos e sociedades podem desenvolver plenamente suas potencialidades.

Nas empresas, em função da implantação de sofisticados programas de gestão de resíduos sólidos, dentre outros, os colaboradores internos são conscientizados e se tornam multiplicadores do tema. Lembrando que a implantação e eficiência dos sistemas de gestão de resíduos sólidos são uma das necessidades básicas em qualquer empresa que pretenda obter algum tipo de certificação.

Mas é nas crianças que a eficácia e eficiência dos processos educacionais encontra melhor germinação e produz melhores frutos. O Ministério do Meio ambiente tem sido bem sucedido na implantação dos programas dos coletivos jovens de meio ambiente, que atingem adolescentes.

Para as crianças, embora hajam esforços no sentido de construir programas de educação ambiental, as dificuldades de recursos e estrutura impedem melhor desempenho. O país ainda está longe de construir redes de educação ambiental que comecem em universidades, passem por outras entidades e envolvam os públicos alvos de séries básicas de educação.

Existem experiências localizadas bem sucedidas que são dignas de muitos elogios, mas a situação geral ainda é deficiente.

Uma criança conscientizada é sem dúvida, o mais importante multiplicador e indutor de hábitos e procedimentos ambientalmente responsáveis em todos os locais onde se relaciona, tanto a casa, a família, quanto o bairro e os amigos.

A educação ambiental deve atingir a todos os públicos, com a preocupação de garantir a todos educação continuada e resultados socialmente relevantes. A educação ambiental necessita passar de um estágio espontaneísta, onde ocorrem elogiáveis ações isoladas, para uma iniciativa sistematizada e monitorada, que atenda as demandas social por responsabilidade sócio-ambiental.

Roberto Naime, colunista do Portal EcoDebate, é Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS.

EcoDebate, 17/09/2010

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