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Rússia lança navio que abrigará 1a usina nuclear flutuante do mundo

Ilustração da usina nuclear flutuante da Rosatom
Ilustração da usina nuclear flutuante da Rosatom

Segundo chefe da agência nuclear russo, usina é segura; ambientalistas discordam

A Rússia deu nesta quarta-feira, 30, um grande passo em direção a controversa criação da primeira usina nuclear flutuante do mundo, lançando no mar Báltico uma embarcação que irá abrigar a estação na água. Segundo ambientalistas, os planos russos de construir usinas nucleares flutuantes na costa norte do país é arriscado.

Sergei Kiriyenko, chefe da Rosatom, a agência nuclear russa, afirmou que a usina seria “absolutamente segura” e previu “um grande interesse de clientes do exterior”. Reportagem da Agência Reuters.


Quase 25 anos após a tragédia de Chernobyl na então soviética Ucrânia, a Rússia planeja expandir sua rede de usinas nucleares e firmar acordos para construir plantas no exterior.

Segundo Kiriyenko, a usina flutuante estará pronta em 2012 e será instalada posteriormente na região de Murmansk, mais ao norte. Ela será desativada após 32 anos de operação, “deixando a área ao redor do mesmo modo que estava antes da estação”, de acordo com o funcionário.

De acordo com Kiriyenko, a usina flutuante teria a capacidade de produzir 80 megawatts de eletricidade, e que ao menos seis locais potenciais para abrigar a usina foram escolhidos no norte da Rússia.

Ambientalistas não estão convencidos. “O perigo começa quando o reator for instalado e abastecido com combustível nuclear”, afirmou Vladimir Chuprov, chefe de projetos de energia do Green Peace russo.

“Se algo der errado… Isso pode significar a nuclearização de várias dezenas de hectares de terras, no mínimo, e dezenas de milhares de pessoas evacuadas da área poluída”, acrescentou Chuprov.

Críticos também chamam a atenção para acidentes nucleares ocorridos na era soviética e desastres navais russos, como a perda do submarino nuclear Kursk, que afundou no Mar de Barents após explosões a bordo, o que matou toda a tripulação de 118 pessoas.

Reportagem Agência Reuters, no Estadao.com.br.

EcoDebate, 01/07/2010

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