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Niterói e Rio ainda têm famílias desabrigadas pelos temporais sem atendimento pela prefeitura

A prefeitura de Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, já cadastrou, até ontem (5), 3.152 famílias vítimas do temporal do mês passado para receber o aluguel social no valor de R$ 400. Segundo a prefeitura, os casos que ainda estão pendentes de documentação e avaliação deverão ser resolvidos na próxima sexta-feira (7).

No município do Rio de Janeiro, até o momento, 250 famílias foram reassentadas em moradias definitivas e 100 famílias foram indenizadas, de acordo com informações da prefeitura. Mas ainda há muitos desabrigados que não tiveram sua situação encaminhada para uma solução. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, os cheques com o aluguel social tem sido pagos diariamente. As famílias comparecem à secretaria, já agendadas por região e a prioridade é dada àquelas que estão em área de risco.

Alguns moradores, como Pedro Ferreira, que teve sua casa interditada no Morro do Turano, na zona norte da cidade, estão com as casas fechadas há um mês e ainda procuram informações e ajuda. Denise Novaes, que perdeu sua moradia em Costa Barros, também na zona norte, só recebeu hoje o laudo de interdição, pois não estava em casa quando foi feito o cadastramento.

“Falaram na secretaria para eu voltar na assistente social da subprefeitura. Ela disse para eu vir aqui [na subprefeitura] e não me deram dinheiro da passagem, comida, além de eu estar faltando ao trabalho. Daqui a pouco, vai passar, vão esquecer, e a gente vai ficar a ver navios”, criticou Denise.

Já os moradores da Rocinha estavam na prefeitura para receber o cheque social e elogiaram o procedimento das autoridades em relação aos moradores da comunidade. “Até agora, fluiu tudo bem. Me ligaram duas vezes, deixei alguns documentos na prefeitura, na semana passada, e hoje vim receber o cheque. O processo é assim mesmo, foram muitas comunidades afetadas, mas com a gente ocorreu tudo bem. Até mandaram um ônibus para trazer a gente na prefeitura”, disse Francisco Ribeiro, que teve sua casa interditada na Rocinha.

A comunidade do Morro do Urubu, que fica na zona norte do Rio, foi a primeira a ser reassentada após as interdições no Rio. Segundo o presidente da Associação de Moradores, Edson Baiga, na próxima sexta-feira (7), a prefeitura deve encaminhar mais 40 famílias para o conjunto habitacional em Realengo, na zona oeste. Ao todo, serão 250 famílias realocadas, mas existem aproximadamente 400 famílias do Morro do Urubu com o auto de interdição, sem receber o aluguel social.

No Morro do Borel, somente agora a prefeitura está cadastrando os moradores em áreas de risco – são cerca de 250 famílias – para futuro pagamento do aluguel social.

Reportagem da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 06/05/2010

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