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Artigo

O sistema atual de saúde: uma fábrica de doenças, artigo de Américo Canhoto

[EcoDebate] A evolução da tecnologia criou uma gama de doenças cada vez mais sofisticadas – nada tão letal assim; o sistema apenas tornou os pacientes mais experimentos do que já eram; e transmutou os profissionais da saúde em funcionários da indústria da doença sob regime de produção – os profissionais da justiça também foram chamados para dançar; há uma enxurrada de liminares e ações propostas para atender pessoas com necessidade de tratamentos experimentais caríssimos; e sempre propostos por um mesmo grupo; atrelado a outro que fornece os produtos. Quem paga é o Estado; ou melhor; nós os consumidores.

Claro que tudo que envolve a vida humana é um problema delicado; mas problemas controversos são exatamente os que precisam de discussão aberta e honesta; para que haja um mínimo de consenso entre as partes interessadas.

No arroz com feijão do dia a dia da esteira dos atendimentos, a regra é meio que, made in china: ganhar por produção; a qualidade fica para uma próxima fase.

Quanto mais pacientes o doutor da rede particular e conveniada atende por minuto; mais remédios são receitados; mais exames são pedidos e quem mais produz mais regalias ganha: boa parte dos profissionais presentes nos congressos que ditam condutas nem sempre as mais adequadas às nossas necessidades; são os bam-bam-bam do receituário e das solicitações.

No sistema público de saúde funciona ao contrário; o profissional recebe salário para atender durante um número de horas quase nunca cumpridas; e se esforça para atender ao menor número de pacientes possível sem a contrapartida da eficiência – quem ganha com isso? – Quem faz as compras e dita condutas padronizadas a serem seguidas.

Como resolver o dilema das pessoas que migram com rapidez para as alternativas de saúde ao largo da medicina oficial (nada a ver com acupuntura nem homeopatia que fazem parte do contexto)?

São os chamados terapeutas holísticos; muitos fazem cursos por correspondência ou de final de semana – e pasmem; em boa parte das vezes obtêm melhores resultados do que os profissionais do antigo sistema.

Por quê? – Talvez apenas pelo fato de disporem de tempo para ouvir, tocar e sentir as pessoas, trocar energias; pois a quase totalidade de nossas doenças são oriundas do sistema mental, emocional, afetivo e de falta de educação.

Como conseguem isso? – A maior parte apenas pelo fato de não esperarem grandes ganhos, fama ou glória; apenas apostaram numa mudança de perspectiva de vida onde a parte financeira importa; mas nem tanto; daí; eles podem criar tempo para o necessitado de amor e de atenção (uma das causas das doenças).

COMO SÃO CONSTRUÍDAS AS DOENÇAS

Construir uma doença é mais ou menos como fazer um bolo: é preciso juntar vários ingredientes.
Pena que ainda, mesmo entre os terapeutas holísticos, ainda tenhamos o vício cultural (enfronhado no DNA da medicina oficial) de procurar culpados únicos e externos para nossas doenças e sofrimentos.

Esquecemos ou fazemos questão de ignorar; por exemplo:

Tendências inatas:
Cada pessoa traz ao nascer; tendências para adoecer, como se fossem pontos fracos na energia de seu DNA.

Uma das explicações possíveis está no campo da genética. A codificação semelhante no mapa genético das pessoas de uma mesma família faz com que as doenças e as tendências de comportamento tendam a se repetir no grupo.

Uma providência útil para quem se interessa em planejar sua vida em família é catalogar as tendências familiares de adoecer e, de se comportar; para depois, comparar com as que seus filhos começam a apresentar.

Essa tarefa é simples e sábia; pois em prevenir está a sabedoria. Como na vida humana ninguém está condenado a nada para sempre, com discernimento, trabalho e esforço é possível evitar algumas coisas, e conviver bem com outras, já que uma parte das nossas tendências inatas; irá nos acompanhar durante toda a existência.

Quem é o modelo?
Não apenas o que está inscrito em nós genes vai comandar nosso estado de saúde ou de doença. Parte importante desse processo; será copiado e aprendido através da formação de hábitos. Pois, nos primeiros anos quem comanda a vida da criança é o subconsciente, e cada uma tende a se identificar com alguém da família copiando comportamentos e até as formas de adoecer.

Interessante tentar estudar quem foi o modelo que a criança adotou, pois, uma vez identificado, a tarefa seguinte é ajudá-la a perceber e a eliminar as características copiadas que não trazem bons frutos, como doenças por exemplo. Essa não é uma tarefa complicada, pois é mais fácil sempre; observar as coisas acontecendo outros. Observe como pessoas que costumam pensar, sentir e agir de forma parecida; também apresentam doenças semelhantes.

Tendências adquiridas:
A educação a que a criança é submetida leva à formação de hábitos, reforça tendências e estimula compulsões inatas.

Como o peixe que morre pela boca – boa parte das doenças decorre dos hábitos alimentares que formamos ao longo da vida.

Influências ambientais:
O ambiente em que a criança é criada e vive, exerce poderosa influência em sua qualidade de vida.

Problemas de meio ambiente como: clima, poluição ambiental, qualidade do solo, água…, afetam a saúde. A qualidade humana das pessoas que compõem o meio social e familiar em que a criança vive também são fatores da maior importância.

Influência da personalidade:
Muitas das características da personalidade e do temperamento de cada pessoa são capazes de gerar doenças, inclusive na criança. Essa é uma das razões a explicar porque irmãos e mesmo gêmeos adoecem de forma tão diferente e variada. Ao se estudar com mais atenção a personalidade de uma criança é possível associar cada uma das suas características às doenças que costuma repetir.

Características tão comuns como ansiedade, medo, raiva, ira, inveja, agressividade, tendência á mentira e ao roubo, impaciência; enfim, todas as doenças da alma humana têm como destino o corpo físico levando mais cedo á morte com ou sem paradas em hospitais.

Conflitos emocionais:
A forma como cada pessoa lida com as emoções que se apresentam no dia a dia; tem uma participação especial na formação das doenças e na qualidade de vida.

A maior parte dos conflitos infantis está localizada num nível subliminar no subconsciente; mas quase sempre se exteriorizam na mudança de comportamento súbita ou gradativa, e com boa vontade e treino os pais conseguem antecipar a somatização (efeito do conflito emocional no corpo físico – como febre, gripe, pneumonia, amigdalite, viroses, etc.).

Como cada um de nós repete padrões de comportamento é possível perceber e até evitar que a criança adoeça corrigindo ou atenuando o conflito. Certos padrões de comportamento da criança são recados bem simples, claros e diretos aos adultos.

Ação do sistema de saúde atual: Efeitos colaterais em cascata; amedrontamento; vacinoses; erros de atuação; criação de doenças artificiais: menopausa, andropausa, disfunção erétil; infecções hospitalares; medicação de uso contínuo…

O que fazer para que o sistema de saúde deixe de ser uma fábrica de doenças?

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE?

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 20/04/2010

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