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COP 15: Banco Mundial estima que Brasil tem metas ambiciosas, mas possíveis para reunião do clima

A economista-chefe e coautora do Relatório sobre Desenvolvimento e Mudança Climática do Banco Mundial, Marianne Fay, e o coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do banco, Mark Lundell, apresentam dados do relatório Foto: Valter Campanato/ABr
A economista-chefe e coautora do Relatório sobre Desenvolvimento e Mudança Climática do Banco Mundial, Marianne Fay, e o coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do banco, Mark Lundell, apresentam dados do relatório Foto: Valter Campanato/ABr

O Brasil tem metas ambiciosas para a reunião sobre mudanças climáticas que será realizada em dezembro, mas que podem ser alcançadas na avaliação da economista chefe do Banco Mundial e coautora do Relatório Desenvolvimento e Mudanças Climáticas, Marianne Fay. “São bastante viáveis e ambiciosas e podem ter consequências bastante positivas para a economia brasileira”, afirmou.

O Brasil vai levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, uma proposta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa no intervalo de 36,1% a 38,9%, até 2020.

Ela disse ainda que as mudanças climáticas vão trazer impacto para as economias, principalmente dos países em desenvolvimento, cujas economias dependem dos seus ecossistemas e de capital natural para a produção.

“A estimativa é de que na África e no sul asiático a renda anual per capita vai abaixar entre 4% e 5%. O que é estimado para o Brasil também, que é um país bastante vulnerável porque grande parte da sua economia depende do meio ambiente e da agricultura, que são setores muito vulneráveis a mudanças climáticas”, explicou.

O coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Banco Mundial, Mark Lundell, disse que para o Brasil alcançar a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa serão necessários bilhões de dólares.

“A estimativa de demanda para implementar as metas ambiciosas do Brasil é de US$ 15 a US$ 20 bilhões por ano. Em termos de fontes sempre vai haver participação do setor privado, principalmente em termos de novas tecnologias. Do lado das finanças, também vai haver bancos como o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], Bird [Banco Mundial]”, afirmou.

Em relação aos aspectos mundiais, a coautora do relatório, Marianne Fay, disse que a principal mensagem do estudo é que tanto países ricos como pobres devem se unir para que haja uma efetiva redução dos efeitos do aquecimento global.

“A mensagem principal é que temos que atuar juntos e diferentemente. Não temos tempo a perder temos que começar imediatamente com metas ambiciosas e isso deve partir dos países ricos”, afirmou.

Ela disse ainda que serão necessários entre US$ 140 e US$ 175 bilhões ao ano para investimentos em ações de mitigação.

Reportagem de Roberta Lopes, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/11/2009

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