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Indústria japonesa critica plano governamental de redução de CO2

poluição

Empresários e políticos criticaram nesta terça-feira (8) o plano de redução das emissões de gases estufa do primeiro-ministro eleito, Yukio Hatoyama. Alegam que pode prejudicar a indústria do país.

Esse plano de corte, proposto nesta segunda (7), é o mais ambicioso de todos os países industrializados, acima dos objetivos dos Estados Unidos e da UE (União Europeia). Reportagem da Agência EFE, em Tóquio.

É também superior à proposta do primeiro-ministro em fim de mandato Taro Aso, a favor de um corte de 8% frente aos níveis de 1990.

Uma das primeiras vozes críticas da indústria japonesa ao plano por Hatoyama foi a do presidente da Honda, Takanobu Ito, que disse hoje que, para a indústria do automóvel, será “extremamente duro” alcançar o objetivo de redução de 25% frente aos níveis de 1990 para o ano 2020.

“O objetivo [de Hatoyama] excede em muito o bom senso de nosso plano de negócio”, asseverou Ito.

O presidente da Associação Japonesa de Fabricantes de Automóveis, Sato Aoki, se uniu a Ito e pediu ao PDJ (Partido Democrata do Japão), de Yukio Hatoyama, que aclare com que fontes de financiamento se vai respaldar o plano.

Aoki, membro também da cúpula dirigente da Honda, se mostrou preocupado pelo impacto do plano na atividade econômica e nos empregos do Japão.

Anteriormente, a principal patronal do Japão, a Nippon Keidanren, tinha dito que se opõe a qualquer plano de corte de emissões de gases do efeito estufa superior aos 6% com base nos níveis de 1990 e assegurou que o mais razoável seria de 4%.

Por sua parte, o atual ministro da Economia, Indústria e Comércio, Toshihiro Nikai, pediu diálogo com os empresários para evitar criar confusão e considerou o objetivo anunciado muito difícil de alcançar.

O atual governo do PLD (Partido Liberal-Democrata), derrotado nas eleições de 30 de agosto, assegura que o objetivo de emissões de Hatoyama custará a cada japonês 360 mil ienes –cerca de R$ 7 mil– anuais e altas dos preços da energia.

Reportagem da Agência EFE, na Folha Online.

EcoDebate, 09/09/2009

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