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Abacate possui substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar níveis elevados de lipídios no sangue

abacate

Abacate contém substâncias que previnem e controlam dislipidemias – O óleo de abacate possui, em sua composição, substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar as dislipidemias (presença de níveis elevados ou anormais de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue). A constatação foi feita num estudo realizado no Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nurtrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba. A pesquisa, publicada na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, avaliou o potencial do óleo para o consumo humano e os processos de extração e refino da substância para utilização na indústria alimentícia.

“Os abacates foram colhidos no seu estado de maturação quando ainda se apresentavam firmes”, conta a professora Jocelem Mastrodi Salgado, da Esalq, coordenadora do trabalho. “Logo após, foram armazenados à temperatura ambiente, até atingirem seu ponto de maturação, ou seja, quando os frutos amolecem e cedem à leve pressão feita com os dedos”. A variedade Margarida foi selecionada por encontrar-se facilmente disponível no mercado brasileiro e apresentar teor de matéria graxa ao redor de 20%.

Os resultados mostraram que os processos de extração e refino do óleo a partir dessa variedade do abacate são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos. Além disso, possui um perfil de ácidos graxos e esteróis muito semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma, substituir o óleo de soja e ser utilizado juntamente com o azeite de oliva nos óleos mistos, oferecendo ao consumidor brasileiro um produto de qualidade superior e com menor custo.

Vitamina
Concluiu-se ainda que o óleo de abacate, da variedade estudada, é uma boa fonte de vitamina E, pois 30 mililitros (ml) deste óleo atendem a 18% das necessidades diárias de um adulto. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que estabelece diretrizes para os alimentos que utilizam informação nutricional complementar, para ser considerado alimento rico ou com alto teor de uma determinada vitamina, o mesmo precisa oferecer no mínimo 15% do valor correspondente ao previsto na tabela de Ingestão Diária Recomendada (IDR). Portanto, caso esse óleo venha ser comercializado no varejo, é possível utilizar essa alegação em sua rotulagem.

Os resultados confirmam a possibilidade de utilizar o óleo de abacate em substituição ao azeite de oliva ou como matéria-prima para a indústria alimentícia, pois suas composições nutricionais são muito semelhantes. “No entanto, são necessários mais estudos para melhorar o sabor e o aroma deste óleo”, pondera Jocelem Salgado.

Para executar a pesquisa, separou-se a polpa das outras partes da fruta. A polpa fresca foi seca em estufa e, posteriormente, moída para a obtenção de um farelo. O óleo obtido do farelo foi extraído e caracterizado. O experimento foi realizado nos laboratórios de Bromatologia e Óleos e Gorduras da Esalq e foram utilizados frutos de abacate da variedade Margarida, provenientes da região de Piracicaba (interior de São Paulo).

Matéria da Agência USP de Notícias, com informações da Assessoria de Comunicação da Esalq

[EcoDebate, 27/04/2009]

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