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Relatório alerta que a China pode dobrar a emissão de gases estufa nos próximos 20 anos

[Report warns that China may double the emission of greenhouse gases in the next 20 years]

combustíveis fósseis, refinaria

Um novo relatório da Academia de Ciências da China (Chinese Academy of Sciences) alerta que o país deve dobrar a emissão de gases estufa, nas próximas duas décadas, em razão do rápido crescimento do uso de combustíveis fósseis, principalmente carvão, óleo e gás. Por Henrique Cortez, do EcoDebate.

Estimativas anteriores, em geral produzidas nos EUA, informavam que a China, em 2005, havia emitido 5,1 bilhões de toneladas de CO2, menos do que os 7,2 bilhões de toneladas emitidas pelos EUA no mesmo período.

Em 2007, a Agencia Internacional de Energia previa que a China, em poucos anos, iria ultrapassar a emissão norte-americana. Alguns pesquisadores acreditam que, em 2008, a China já seria o maior emissor de CO2 do planeta. O departamento de energia do EUA calcula que, em 2004, a emissão chinesa foi de 5,1 bilhões de toneladas. O Oak Ridge National Laboratory, um laboratório de pesquisas do governo norte-americano, estimou que, em 2007, os EUA emitiram 5,9 bilhões de toneladas, enquanto que a China teria emitido 6,6 bilhões de toneladas.

O relatório da Academia de Ciências da China (China Energy Report 2008), nada informa sobre as emissões atuais, , mas afirma que, em 2020, a queima de combustíveis fosseis na China emitiria entre 9,2 e 10,6 bilhões de toneladas de CO2, dependendo dos cenários de desenvolvimento econômico e tecnologia.

Em 2030, as emissões alcançariam entre 11,4 e 14,7 bilhões de toneladas. A título de comparação, em 2007, as emissões globais de CO2 foram estimadas em 31,2 bilhões de toneladas.

O estudo também alerta que China, Índia, Brasil e outros países em desenvolvimento enfrentarão crescentes pressões para que adotem limites de emissões dos gases estufa, embora, na primeira fase do protocolo de Kyoto, que expira em 2012, estes países estivessem dispensados da fixação de limites. O substituto do protocolo de Kyoto deve ser aprovado até o final de 2009.

A União Européia tenta convencer os países em desenvolvimento a adotarem metas de emissão de 15 a 30% menores do que a média atual.

A China, no entanto, já sinalizou que não aceitará qualquer fixação de metas de redução de emissões e, tal como a China e Brasil, continua afirmando que a responsabilidade histórica deve ser atribuída aos países desenvolvidos, os quais devem assumir as metas e liderar o processo de redução das emissões.

O governo chinês já reafirmou, em diversas oportunidades, que não irá assumir qualquer meta de emissão que possa, de qualquer forma, reduzir o potencial de seu crescimento econômico.

[ Report warns that China may double the emission of greenhouse gases in the next 20 years, in EcoDebate, 28/10/2008 ]

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