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Painéis de aquecimento solar e fotovoltaicos: entenda a diferença

solar

Com a crise energética, o Brasil se volta cada vez mais para a energia limpa e constante que vem do sol. Temos o privilégio de viver em um país tropical, onde a incidência de raios solares é forte durante todo o ano e isso faz a diferença quando o assunto é economia de energia.

No mercado, há dois tipos de tecnologias que utilizam a luz do sol para produzir energia: os sistemas de aquecimento solar de água, que transformam os raios  solares em energia térmica para o aquecimento da água no uso sanitário para banhos, torneiras e piscinas e os sistemas fotovoltaicos, capazes de transformar a energia do sol em energia elétrica, mas é importante um projeto técnico e autorização da Concessionária de Energia Elétrica antes da instalação e utilização nos aparelhos da casa.

O sistema de aquecimento solar é composto por dois principais componentes: os coletores solares – placas instaladas nos telhados – e os reservatórios térmicos, utilizados para o armazenamento da água aquecida. As placas absorvem a radiação solar e o calor é transferido para a água que circula no interior das tubulações de cobre desse coletor e é armazenada no reservatório térmico que conserva a temperatura da água até o momento da utilização. Como o Brasil predominantemente se localiza no hemisfério Sul, a indicação geral é que as placas sejam voltadas para o norte, aproveitando ao máximo a radiação do sol.

Este é um sistema simples, fabricado com tecnologia 100% nacional, e se apresenta como uma excelente alternativa para a questão energética hoje, inclusive para derrubar os altos custos das contas de luz”, conta Luis Augusto Ferrari Mazzon, presidente do DASOL – Departamento de Aquecimento Solar da ABRAVA- Associação Brasileira de Ar Condicionado, Refrigeração, Ventilação e Aquecimento. “E tem se popularizado, uma vez que o investimento inicial é baixo – cerca de R$ 2mil – e o retorno, considerando-se a economia na conta de luz, vem em aproximadamente dois anos. Ou seja, o aquecedor solar de água é uma das formas de uso da energia solar que cabe no bolso de grande parte da população”, acrescenta.

O sistema fotovoltaico coleta fótons solares e os convertem em corrente elétrica, gerando energia para o funcionamento de muitos aparelhos elétricos, porém não sendo indicado e nem viável para ser ligado a um chuveiro elétrico. Hoje, o sistema é especialmente utilizado em regiões remotas e de difícil acesso, onde não há rede elétrica de energia. No espaço urbano ainda é pouco utilizado, devido ao seu alto custo.

Principais Perguntas e Respostas sobre
Aquecedores Solares de Água e Energia Solar Fotovoltaica

Aquecedor Solar

Sistema Fotovoltaico

Aquece a água do chuveiro?

SIM

NÃO

Gera energia elétrica?

NÃO

SIM

Faz o uso somente de energia limpa?

SIM

SIM

Reduz o gasto de energia elétrica?

SIM

SIM

Custo de instalação

BAIXO

ALTO

Custo de manutenção

BAIXO

ALTO

Colabora com o meio ambiente?

SIM

SIM

Tempo de retorno do investimento

2 ANOS

12 ANOS

Matéria-prima e tecnologia

Nacionais

Importadas

 

Talvez um dia, com melhores condições comerciais, cada residência poderá ser capaz de produzir sua própria energia elétrica com o sistema fotovoltaico. No entanto, por ser ainda muito caro, atualmente, os aquecedores solares são a forma de energia mais barata que existe e são  a melhor resposta para reduzir a conta de luz. “Atualmente, 7% do consumo nacional de energia elétrica destina-se ao aquecimento de água para banhos, portanto, podemos poupar muita energia e com pouco investimento utilizando o sistema de aquecimento solar. A ABRAVA está trabalhando junto a órgãos do Governo para ampliar as políticas públicas de incentivo à instalação de aquecedores solares em todo o país, face aos excelentes resultados dos sistemas instalados em mais de 260 mil unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, e atendimento de  legislações municipais e estaduais que determinam  o uso dessa tecnologia em obras públicas.”, finaliza Mazzon.

Colaboração de Mariana Vidal, para o EcoDebate, 21/09/2015


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