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Artigo

A mistificação do pré-sal está afundando o Brasil, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

 

“Ai que saudade…
do tijolinho de banana
do meu Autorama
do Cinerama
do Mario Quintana
e da Petrobrás pré-lama”
Veríssimo (23/11/2014)

 

pré-sal
Fonte da imagem: Wikigeo

 

[EcoDebate] O mito do Eldorado é uma lenda antiga que ficou na moda durante a colonização das Américas e descrevia uma cidade construída de ouro maciço e repleta de diversos tesouros. O sonho de uma riqueza fácil e abundante é um fato recorrente na história da humanidade. Nos últimos dez anos, o Brasil – que já foi considerado um Eldorado para os exploradores europeus – encontrou o seu sonho dourado, em pleno século XXI, na forma de enormes jazidas de petróleo, como se fosse uma Atlântida perdida nas profundezas do oceano Atlântico.

Revivendo a velha lenda do Eldorado, os governos petistas, desde 2006, criaram um mito em torno destas “riquezas” do pré-sal. Num primeiro momento, foi criada a ideia de um Emirado Tupiniquim, pois parecia que o Brasil seria um grande exportador de combustíveis fósseis, onde haveria dinheiro para financiar as fantasias do neodesenvolvimentismo. Mas a ilusão desvaneceu e agora o PT, o governo Dilma e o Brasil estão afundando no fosso profundo da mistificação criada em torno do “bilhete premiado” de uma loteria que não existe. O mito das riquezas abissais foi cuidadosamente acalentado para encobrir as “tenebrosas transações”, como mostram os dados da operação Lava-Jato desencadeada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Trata-se, segundo o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do “maior escândalo de corrupção da história do Brasil”.

A ideia do pré-sal como “passaporte para o futuro” sempre foi equivocada, pois ignorava a diferença entre os conceitos de jazida e reserva de petróleo e entre reserva provada e reserva estimada. As jazidas de petróleo do pré-sal devem ser, provavelmente, enormes. Mas isto não quer dizer que sejam reservas economicamente viáveis, muito menos ecologicamente sustentáveis. O alto custo da exploração do petróleo das profundezas não é bom para a economia e é péssimo para o meio ambiente.

Ninguém sabe, de fato, qual é a quantidade de óleo que poderá ser trazida à superfície. As estimativas de custos são ainda mais incertas e a viabilidade dos poços depende da capacidade de gerenciamento da extração e do preço internacional do petróleo. Mas o governo Lula ignorou toda a prudência possível e passou a gastar desregradamente em nome de uma suposta riqueza que o tal “Deus brasileiro” teria nos abençoado. E o pior, em vez de organizar a economia e a sociedade brasileira para os desafios da contemporalidade, o governo passou a dizer que a saúde, a educação e a infraestrutura do Brasil seriam resgatadas e aperfeiçoadas com a “riqueza pressaliana” do petróleo. O mito do Eldorado petrolífero ruiu no governo Dilma Rousseff.

Em vez de reforçar este mito, no dia 12 de março de 2010 – numa época em que só se ouvia loas ao “bilhete premiado” e o preço das ações da Petrobrás (PETR3.SA) estavam em R$ 41,49 – escrevi um artigo no EcoDebate questionando a mistificação das jazidas de petróleo do pré-sal e indaguei: “Elas vão realmente gerar riquezas para pagar a dívida social do país, para a segurança energética e a segurança nacional? A energia do petróleo é a energia que o Brasil precisa e que vai garantir uma economia forte e limpa no futuro? O óleo abissal vai ajudar ou atrasar a transição de uma economia de alto carbono para uma de baixo carbono? Quanto vai custar a extração do petróleo do pré-sal? O investimento é viável, economicamente e ambientalmente? Foi a melhor escolha para investir os recursos da Petrobras e do país?”

Portanto, há 5 anos eu já identificava os problemas que viriam pela frente. Mas confesso que subestimei os níveis de inconsistência administrativa e corrupção e não imaginei que os problemas atingiriam níveis tão graves e tão profundos.

No dia 27 de julho de 2010, quando as ações da Petrobras estavam a R$ 31,80, escrevi o artigo “Vamos nos preparar para o fim do mundo (do petróleo)” onde discuti o fato da extração do óleo ser um processo cada vez mais caro e da necessidade dos países se prepararem para o fim do petróleo barato e investir em energias renováveis.

No dia 29 de novembro de 2013, quando as ações da Petrobras estavam em torno de R$ 20,00, escrevi no EcoDebate o artigo: “Petróleo, aquecimento global e doença holandesa: os riscos do pré-sal”. Como o título mostra, além de questionar o aumento das emissões de gases de efeito estufa e a sobrevalorização cambial, escrevi: “Todos estes dados mostram que a exploração do pré-sal não é uma operação com retornos garantidos. O fracasso da empresa OGX do ex-bilionário Eike Batista (que foi considerado o homem mais rico do Brasil e o sétimo na lista mundial de bilionários da revista Forbes) assustou os investidores internacionais e indignou os acionistas brasileiros. A dívida acumulada da OGX foi estimada em mais de 5 bilhões de dólares e o valor das ações da empresa caiu para a bagatela de sete centavos. Além da má gestão, pesou o fato de a extração dos depósitos terem sido demasiado otimistas e as dificuldades técnicas de extração terem sido subestimadas. A bancarrota da OGX de Eike Batista deveria servir de alerta para a Petrobras e o Brasil”.

No dia 11 de abril de 2014, quando as ações da Petrobras estavam ao preço de R$ 15,61, escrevi no EcoDebate o artigo “Petróleo do pré-sal: ‘ouro em pó’ ou ‘ouro de tolo’?” criticando os ideólogos do “Eldorado do pré-sal” e mostrando que o petróleo barato já havia sido extraído e queimado no mundo e os novos campos requerem muitos recursos. A Energia Retornada sobre a Energia Investida (EROEI) muitas vezes não compensa a exploração: “Existe uma visão cornucopiana bastante difundida de que a natureza é capaz de nos fornecer todos os meios para o desenvolvimento humano. Porém, se por um lado a natureza é rica ela também é frágil e incapaz de corrigir os erros das escolhas humanas. Os nacionalistas que alardeiam as vantagens milagrosas do petróleo podem estar dando um tiro no pé, pois estão ajudando o Brasil a embarcar numa canoa furada, sustentada em um modelo de crescimento dependente dos combustíveis fósseis, que vai se tornar inviável após o Pico do Petróleo e ao acirramento das mudanças climáticas”.

No dia 19 de novembro de 2014, quando as ações da Petrobras estavam ao preço de R$ 12,26, escrevi no EcoDebate o artigo “Petrobras no fundo do poço profundo do pré-sal” onde mostra que o mito estava se desintegrando. Escrevi: “Quanto mais “pro-fundo” está o petróleo mais “pro-alto” vão os preços dos combustíveis. Assim, vamos torcer para que as promessas do “Brasil do Futuro” não fiquem atoladas no fundo do poço do fundo do mar. Enquanto isto, os consumidores brasileiros devem se preparar para novos e seguidos aumentos do preço da gasolina e do dieesel, que, por sua vez, vão impactar também no preço dos fretes e no aumento do custo dos alimentos”.

No dia 04 de março, quando o preço da ação da Petrobras estava em R$ 9,50 escrevi o artigo “O pré-sal, a crise na cadeia produtiva da Petrobras e a estagflação brasileira” mostrando como toda a estratégia de criar “campeões nacionais” e promover o “conteúdo nacional” fracassou em meio à incompetência e à corrupção, mas principalmente por ignorar os custos da exploração do pré-sal. Artigo de Fred Pierce mostra que o preço (breakeven) para o retorno dos investimentos no pré-sal é de US$ 120,00. Assim, mesmo que o preço internacional do barril do petróleo volte para a casa dos 100 dólares, a rentabilidade das jazidas abissais não deixará de estar comprometida. O fracasso da política do governo de impulsionar a produção de combustíveis fósseis jogou o Brasil na estagflação, afetou toda a cadeia produtiva e gerou desemprego em massa, com custos sociais incalculáveis.

Mesmo depois da extinção do “império” de Eike Batista e dos inúmeros erros da Petrobras, ainda há setores da esquerda estatista e do nacionalismo de direita que creem que o pré-sal é um “bilhete premiado”. Estas sub-forças políticas mistificam o valor das jazidas abissais para defender ideias patrióticas, mas que desconsideram o custo da extração dos combustíveis fósseis do pré-sal e ignoram os efeitos perversos sobre o meio ambiente. Muito melhor seria que todos se unissem para a produção de energia renovável de forma descentralizada, democrática, incentivando os prosumidores (produtores + consumidores) descentralizados e democratizados. Uma produção de energia de baixo para cima é a melhor forma de universalizar o acesso à energia e combater a corrupção dos grandes projetos centralizados pelo mercado ou pelo estado.

Ao invés da campanha “O petróleo é nosso”, melhor seria uma campanha: “A energia renovável é nossa”, ou “O sol e o vento são nossos”. A questão política chave dos próximos anos e décadas é permitir que o povo produza e consuma a sua própria energia (“Power to the people”, como já dizia John Lennon). Há diversas palavras de ordem mais atuais do que o velho lema da Petrobras: “O povo na rua quer a energia sua”; “Energia alternativa é a alternativa aos combustíveis fósseis”, “Renovar a energia das massas para conseguir energia renovável”, etc.

Segundo o site Bloomberg, a Petrobras chegou a valer US$ 310 bilhões em 2008 e seu valor caiu para US$ 48 bilhões em fevereiro de 2015. Mas a dívida da companhia está em mais de US$ 100 bilhões (sendo 70% da dívida denominada em dólar). Ou seja, a dívida é duas vezes maior que o valor da empresa. Tudo isto afeta o valor diário das ações, a despeito da existência das “riquezas” do pré-sal. No início de 2010 a ação da Petrobras valia algo em torno de 20 dólares. Em meados de março de 2015 a ação da Petrobras bateu no recorde de baixa de 8 reais, enquanto o dólar turismo chegou a bem mais de R$ 3,30. Ou seja, a ação da Petrobras está perto de 2,5 dólares, oito vezes menor do que há 5 anos.

 

evolução do preço das ações da Petrobras

 

Em síntese, a crise da Petrobras está piorando o processo de descarbonização da economia e reforçando a crise econômica brasileira. Em consequência, a popularidade da Presidenta Dilma Rousseff também está afundando. Pesquisa IBOPE (de 01/04/2015) mostrou que somente 12% consideram o governo ótimo/bom e 64% consideram o governo Ruim/péssimo.

O preço do petróleo (em torno de US$ 50 o barril) no mercado internacional torna deseconômico a exploração do pré-sal. Artigo de Fred Pearce, de 13/01/2015, já citado, mostra que o preço de equilíbrio (break-even) do barril do petróleo para o retorno dos investimentos no pré-sal, de US$ 120,00, é muito alto. Assim, o quadro de crise não deve melhorar mesmo se houver uma recuperação do preço internacional do petróleo para o nível médio de 2014 (Alves, 04/03/2015). Enfim, o pré-sal parece não encaixar na categoria de “bilhete premiado”. Infelizmente, a entrevista dada pela Presidenta Dilma ao site da Bloomberg, em 01/04/2015, parece contribuir para a mistificação do pré-sal.

Evidentemente, todo cidadão brasileiro torce pelo sucesso da Petrobras e para que a empresa se livre das práticas de corrupção e tenha um papel importante no sentido de avançar com uma matriz energética mais limpa e supere esta fase de dependência do pré-sal.

O Brasil precisa reduzir sua subordinação aos combustíveis fósseis. Não dá para jogar o futuro do país na dependência do petróleo das profundezas abissais. Precisamos reverter este processo de mistificação do pré-sal, pois este mito está afundando o Brasil. O Brasil deve descarbonizar sua economia e avançar com uma matriz energética com base nas fontes renováveis e defendendo um acordo avançado de superaçao dos combustíveis fósseis na Conferência do Clima, de dezembro de 2015, em Paris.

Referências:

ALVES, JED. Uma dúvida sobre o pré-sal e o sonho da (in)segurança. Ecodebate, RJ, 12/03/2010
http://www.ecodebate.com.br/2010/03/12/uma-duvida-sobre-o-pre-sal-e-o-sonho-da-inseguranca-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Vamos nos preparar para o fim do mundo (do petróleo). Ecodebate, RJ, 27/07/2010
http://www.ecodebate.com.br/2010/07/27/vamos-nos-preparar-para-o-fim-do-mundo-do-petroleo-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Petróleo, aquecimento global e doença holandesa: os riscos do pré-sal. Ecodebate, RJ, 29/11/2013 http://www.ecodebate.com.br/2013/11/29/petroleo-aquecimento-global-e-doenca-holandesa-os-riscos-do-pre-sal-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Petróleo do pré-sal: “ouro em pó” ou “ouro de tolo”? . Ecodebate, RJ, 11/04/2014
http://www.ecodebate.com.br/2014/04/11/petroleo-do-pre-sal-ouro-em-po-ou-ouro-de-tolo-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Petrobras no fundo do poço profundo do pré-sal. Ecodebate, RJ, 19/11/2014
http://www.ecodebate.com.br/2014/11/19/petrobras-no-fundo-do-poco-profundo-do-pre-sal-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. O pré-sal, a crise na cadeia produtiva da Petrobras e a estagflação brasileira. Ecodebate, RJ, 04/03/2015 http://www.ecodebate.com.br/2015/03/04/o-pre-sal-a-crise-na-cadeia-produtiva-da-petrobras-e-a-estagflacao-brasileira-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

 

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Publicado no Portal EcoDebate, 08/04/2015

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7 thoughts on “A mistificação do pré-sal está afundando o Brasil, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

  • José Eustáquio retratou muito bem a ilusão construída pelo pré-sal – a redenção de todos os males! O enfrentamento das principais questões nacionais estão sendo adiadas … Falta de investimentos mais significativos em fontes renováveis de energia é uma questão fundamental.

    Me parece que o cerne de tudo está na falta de um projeto de país. Uma reforma ampla e consistente do sistema político pode ser um bom começo.

  • Artigo impressionante, que nos mostra a realidade econômica da Petrobras.

  • O desenvolvimento econômico necessário e imprescindível para a manutenção do regime capitalista, e que depende do crescimento da população humana, não será permanente no Brasil com o pré,sal, nem através de qualquer outra suposta fonte de riqueza. Não será permanente nem aqui no Brasil, nem em qualquer outro país do planeta Terra. Se algum país ou grupo de países pretender levar adiante o desenvolvimento econômico, além das reais condições – ou melhor, falta de condições – do planeta que habitamos, haverá de fazê-lo, até um certo limite, engolindo outros países menos capacitados para o embate, seja “comercial”, digamos assim, ou bélico.

  • AONDE NOS LEVARÁ O CAPITALISMO?

    O desenvolvimento econômico necessário e imprescindível para a manutenção do regime capitalista, e que depende do crescimento da população humana, não será permanente no Brasil com o pré,sal, nem através de qualquer outra suposta fonte de riqueza.
    Não será permanente nem aqui no Brasil, nem em qualquer outro país do planeta Terra.
    Se algum país ou grupo de países pretender levar adiante o desenvolvimento econômico, além das reais condições – ou melhor, da falta de condições – do planeta que habitamos, haverá de fazê-lo, até um certo limite, engolindo outros países menos capacitados para o embate, seja “comercial”, digamos assim, ou bélico.

  • marcelo de oliveira fonseca

    É interessante a associação ficticia e virtual do autor de que o sucesso ou o fracasso da PETROBRAS e do preço das suas ações seja a causa de falta de políticas públicas brasileiras para uso e avanço de energias renováveis! Seria como associar irrealmente o preço das ações do setor hidroelétrico ao sucesso das políticas públicas brasileiras de geração de energia renovável a partir de recursos hídricos! Trata-se de um disparate! Os preços das ações da PETROBRAS estão associados ao fato dela ser vítima de um partido político e do seu projeto de permanecer no poder a qualquer custo, não importa a lambança que faça com o país, e o custo disto para o povo e para os trabalhadores ! Colocar a exploração de petróleo, que traz riquezas, renda, empregos, tecnologia e movimenta a economia como uma das causas da falta de política pública ambiental e de ações para promover o uso de energias renováveis no Brasil é uma ficção e irrealidade dos fatos. A cegueira e falta de iniciativas públicas de avanço ambiental no país não são e nem nunca foram culpa da PETROBRAS! A PETROBRAS não faz leis e não propõe nenhuma política pública no Brasil ! Na República brasileira este papel é do congresso subserviente ao poder executivo! Gostaria de fazer a seguinte pergunta se a PETROBRAS vai bem, qual a culpa dela na falta de políticas públicas voltadas para o uso de energias renováveis ? e se a Petrobras vai mal ….. qual o ganho ambiental para o país com isto ? Nesta crise atual da PETROBRAS, estamos desenvolvendo alguma politíca pública de aumento do uso de energias renováveis no Brasil ? Não !! Não há nenhuma associação! Seria o desemprego, o aumento da importação de derivados, o aumenta da dependência externa ? o encarecimento do custo de vida dos brasileiros este ganho ambiental pretendido ? Este seria o resultado que o autor expera com o fracasso da PETROBRAS para tornar a cegueira do executivo e do legislativo em relação a falta de políticas públicas para avanço ambiental explicitadas ? Esta é a mesma visão e comportamento que o PT teve antes de se tornar o partido governista! votava contra qualquer projeto de avanço no país só para ver a situação piorar e poder vencer a eleição ! É um absurdo ! O autor tenta associar a PETROBRAS agora como se fosse a causa de todos os males do mundo! Não é ! Ao contrário do que o autor afirma, o sucesso na exploração de petróleo é uma importantíssima fonte de recursos para desenvolver o país e dar condições de implantação de políticas públicas de avanço ambiental !

  • OS PROVÁVEIS IMPACTOS DA EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL NO MEIO AMBIENTE…

    http://pedroseverinoonline.blogspot.com.br/2011/01/os-provaveis-impactos-da-exploracao-do.html

    Muito tem se discutido sobre o pré-sal, porém, até agora nada se falou sobre seus impactos ambientais. Este deve ser outro assunto na pauta do governo. De acordo com cálculos de ambientalistas, se o Brasil usar todas as reservas estimadas do pré-sal, vai emitir ao longo dos próximos 40 anos, em torno de 1,3 bilhões de toneladas de CO2 por ano só com refino, abastecimento e queima de petróleo. Isso quer dizer que, ainda que o desmatamento da Amazônia, principal causa das emissões brasileiras, seja zerado nos próximos anos, tudo indica que as emissões decorrentes do pré-sal manterá… O Brasil entre os três maiores emissor de CO2 do mundo.

    Apesar do uso de alta tecnologia de ponta na exploração do pré-sal… Mesmo assim, é inevitável, vazamentos de óleos… Como aconteceu no ano/2010, no Golfo do México, em exploração de petróleo no mar do Caribe… Que trouxe perdas irreparáveis para todo ecossistema, ou seja, fauna e flora do mar do Caribe… Sendo assim, a exploração do pré-sal aqui no Brasil, será inevitável o vazamento de óleo para o nosso oceano atlântico… Trazendo prejuízos irreparáveis para a fauna e a flora do litoral do sudeste e sul brasileiro… Além de provável perda do “Custo-Beneficio”… De investimento na exploração do pré-sal…Que gira em torno de 600 bilhões de Reais…Dentro de 4(quatro) décadas próximas(2010 à 2050)…Isto possivelmente ocorrerá devido da provável exploração do pré-sal por outros países tido como continentais, como Estados unidos da America(EUA), Canadá, China, Índia, Austrália, entre outros…Que certamente, dento de suas milhas marítimas, possuem também, suas área de pré-sal…Então, como a super-exploração do pré-sal, em “Escala Mundial”…logicamente, cairá o preço do “Barril de Petróleo”…No mercado da OPEP(operadora de produção de petróleo)…Que por via de conseqüência, diminuirá o valor do barril de petróleo, em escala Mundial.

    Agora, entretanto, ao meu vê, “Se”, realmente, os movimentos magmáticos do interior da terra, decorrente do aumento( El Niño ) e/ou diminuição(La Niña) da intensidade do calor oriundo do seu magma…Aonde ocasiona as colisões das placas tectônicas, terremotos, maremotos, tsunamis, atividades vulcânicas submersas nos mares/oceanos e as atividades vulcânicas continentais…Logicamente, com a exploração do pré-sal…Virá gradualmente, através dos anos e décadas…Diminuir substancialmente, o calor das águas do oceano atlântico, desde Espírito Santo até Santa Catarina (área do pré-sal)…Pois, o petróleo bruto, existente nesta área do pré-sal…Serve de combustão na intrínseca interação do calor oriundo do magma do interior da terra…Que vem conseqüentemente, aquecer…As águas do oceano atlântico, repito desde Espírito Santo até Santa Catarina (área do pré-sal)…Que por conseqüência, vem aumentar a umidade do litoral do sudeste brasileiro…Que com decorrer disto, entre a primavera(setembro) e o verão(março)…Vem aumentar, substancialmente, a “Convergência de Umidade intertropical do Atlântico Sul”…Formando muitas chuvas no sudeste e centro-oeste, nesta estações mencionadas anteriormente, ou seja, primavera e verão… Um exemplo de tudo isto…É o que vem ocorrendo ultimamente(novembro/dezembro/2010…E agora Janeiro/2011…Que vem chovendo muito…Como por exemplo, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília…

    Obviamente, com a exploração do pré-sal nas próximas quatro décadas pelo o Brasil…E certamente, por outros países tido como continentais, como Estados Unidos da America(EUA), Canadá, China, Índia, Austrália, entre outros…Que certamente, dento de suas milhas marítimas, possuem também, suas área de pré-sal…Com exploração do pré-sal em “Escala Mundial”… Além de logicamente, cairá o preço do “Barril de Petróleo”…No mercado da OPEP(operadora de produção de petróleo)…Que por via de conseqüência, diminuirá o valor do barril de petróleo…Tornando inviável “Economicamente”… E na questão “Meio Ambiental”…A exploração do pré-sal… Em longo prazo…

    Certamente, partido desses pressupostos abordados anteriormente, vem prognosticar que nas próximas décadas (2010 à 2050)…Vai haver gradualmente, diminuição da evaporação do atlântico sul…Que conseqüentemente, irá diminuir os “Índices de Chuvas”…Das estações chuvosas das regiões sul, sudeste e centro-oeste até mesmo na região norte do Brasil… Já concernente a região Nordeste… Acentuar-se-á o ciclo de semi-áridez desta região…

    Então pelo visto, nas futuras décadas, como por exemplo, em ano de La Niña…Na Região Sul…Especificamente, no Rio Grande do Sul…Na sua estação chuvosa, de Setembro à Março…Vai ocorrer índice de chuva, bem abaixo da média…Brasília, Capital Federal, por exemplo, entre Agosto, Setembro e Outubro… Que neste período, citado anteriormente, já sofre com índices baixos de umidade relativa do ar, que é em média de somente 18% …Que certamente, com a exploração do pré-sal…Nas próximas décadas…A umidade relativa de Brasília… Cairá a índices insuportáveis…

    Em compensação dentro do contexto mundial… Como a exploração do pré-sal, como por exemplo, no Golfo do México… A médio e longo prazo… Certamente, os furacões, ciclones, tornados, entre outros fenômenos naturais, diminuirão suas intensidades… Decorrente do esfriamento das águas do atlântico norte… No Golfo do México e no Mar do Caribe…

    Entretanto, em longo prazo… Com a exploração exaustiva do pré-sal em todos os mares e oceanos da hidrosfera terrestre… Todos as áreas(jazidas) do pré-sal ficarão vazias(em forma de cavernas)…Susceptíveis a intensos abalos sísmicos…Que trarão maremotos e tsunamis…Para essas “Áreas”…Aonde foram explorado o pré-sal…No caso do Brasil…Desde do litoral de Espírito Santo até Santa Catarina…Isto decorre devido, a pressão das águas do oceano atlântico…Em cima da camada do pré-sal(sem o suporte do petróleo extraído)…Tenderá a camada do pré-sal…Se acomodar…E por via de conseqüência…Vem os maremotos, tsunamis…

    Em suma, pelo visto, a exploração do pré-sal…tanto a nível nacional e internacional…É um contrato de risco…Geo-Politico-Ambiental…

    DO ESCRITOR

    PEDRO SEVERINO DE SOUSA

    JOÃO PESSOA(PB), 12 DE JANEIRO DE 2011

  • Rogério Maestri

    Parece que as aves da mau-agouro estão dando com os burros na água, primeiro o preço de extração do petróleo do Pré Sal esta segundo declarações oficiais da empresa em torno de US$9,00 o barril devido o alto grau de produtividade dos poços perfurados. Segundo o petróleo está subindo de preço e já passou os US$60,00 o barril tento no WTI como no Brent, que está em US$66,00.
    Quanto a furacões, ciclones e tornados nem nos relatórios técnicos do IPCC são previstos estes fenômenos é só olhar com cuidado. Agora maremotos causado pelo deslocamento do Sal é uma total e completo destempero e desconhecimento das propriedades reológicas da camada de sal, ou seja um sonho fantasioso.
    Outro problema em todo este raciocínio, se a Terra está sofrendo um aquecimento global, a quantidade de evaporação vai aumentar e não diminuir, pois se os oceanos diminuírem de temperatura será um resfriamento global e não um aquecimento.
    Por outro lado, não é porque existe o pré sal que vamos trocar a matriz energética e de transportes, são necessários outros investimentos, pois não é a falta de um produto nacional que se impede o consumo.
    Não sei porque não utilizam todo este espaço para criticar o uso dos SUVs nas cidades que só servem para poluir, gastar mais combustível e atravancar as ruas!

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