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Compromissos da Conferência de Copenhague(COP 15) levarão a aumento de 3 graus na temperatura

emissões de CO2
Foto: Reuters

Até 13 de abril, 76 países, responsáveis por cerca de 80% das emissões globais, apresentaram compromissos de limitar suas emissões de gases de efeito estufa até 2020.

Japão e Noruega são os únicos países desenvolvidos a fazer promessas, que, segundo a pesquisa, limitaria o aumento da temperatura da Terra em 2 graus. A União Europeia fez melhor o dever de casa – pelo menos na promessa – ao propor reduções entre 20% e 30%.

Os EUA apresentaram uma meta para 2020 17% abaixo dos níveis de 2005, o equivalente a apenas 3% abaixo dos níveis de 1990. Ao passo que uma redução entre 25% a 40% seria exigida para todo o grupo de países desenvolvidos. Reportagem do JB Online.

A meta da China para diminuir suas emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB em 40%, comparada a 2005, não ajuda muito.

Milhões de anos depois, nações não se entendem sobre riscos

Os compromissos nacionais de redução de emissões firmados após a Conferência de Copenhague (COP 15) não vão limitar o aquecimento global a 2 graus. Na verdade, eles apontam para um aumento da temperatura média global em mais de 3 graus neste século. É o que afirma uma equipe de pesquisadores liderada por Joeri Rogelj e Malte Meinshausen, do Potsdam Institute for Climate Impact Research, da Alemanha, em estudo publicado na revista Nature.

A Conferência de Copenhague tinha como meta limitar o aumento da temperatura média do planeta em 2 graus. No entanto, de acordo com os compromissos feitos pelos países, as emissões anuais globais de gases causadores do efeito estufa vão aumentar entre 10% e 20% acima dos níveis atuais e atingir valores entre 47,9 e 53,6 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2020.

Isso aumentaria em 50% a possibilidade de o aquecimento exceder 3 graus até 2100, calculam os cientistas.

Para atingir a meta de 2 graus, as emissões globais não podem ultrapassar, até 2020, o valor entre 40 e 44 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalentes.

Muitos países indicaram que trabalhar para metas mais fortes depende de um acordo global que não se concretizou na Dinamarca.

– Na pior das hipóteses, podíamos acabar com a permissão de novas emissões que excedem as projeções usuais – ensina Joeri Rogelj.

Modelo matemático Os pesquisadores compilaram estimativas de emissões nacionais de promessas submetidas em Copenhague. Por meio de um modelo matemático do ciclo de carbono, mostraram que as temperatura média do planeta ia exceder 3 graus até 2100.

– Emissões de 48 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2020 não estão no caminho para atender a meta de 2 graus.

É como correr em direção a um penhasco e esperar parar pouco antes dele – explica Malte Meinshausen.

EcoDebate, 03/05/2010

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