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Editorial

Comentários anônimos e a canalhice envergonhada, por Henrique Cortez

No EcoDebate, por uma questão de princípios, não apoiamos ou incentivamos o anonimato na web. O cuidado começa por tudo que publicamos, com clara e destacada citação de autores e fontes.

O cuidado permanece nos comentários, motivo pelo qual todos os comentários são moderados. Os comentários com autores anônimos ou que utilizam servidores/endereços de e-mail inexistentes não são publicados.

Respeitamos o direito de opinião e expressão, mas, em contrapartida, os leitores e as leitoras devem se identificar corretamente. Para isto, em caso de dúvida, enviamos um e-mail de confirmação de origem do comentário. Os comentários que não tem o e-mail de origem confirmado são automaticamente excluídos.

Ao longo do tempo percebemos alguns pontos em comum nos comentários anônimos, que merecer ser compartilhados com os(as) leitores(as).

São freqüentes os comentários agressivos contra o portal e seu questionamento ao modelo de desenvolvimento.

Os artigos e matérias sobre as questões relativas aos indígenas e quilombolas, com frequência, recebem comentários absurdamente racistas e supremacistas.

O mesmo acontece quando o tema refere-se ao desmatamento/madeireiras e mineração/mineradoras. Os ‘defensores’ da revisão do Código Florestal, em prol do ‘sagrado’ direito de desmatar, sabem ser agressivos.

Nossa permanente pauta sobre o trabalho escravo/degradante também é muito hostilizada, frequentemente com argumentos imorais e ilegais.

Dizem ser ‘cidadãos’ indignados em nome do desenvolvimento, do desenvolvimento nacional, do direito de produzir, etc. Apresentam-se como ‘patriotas’ que acusam os ambientalistas e movimentos sociais de traidores, de estarem a serviço de interesses internacionais e outras bravatas do gênero.

Bravatas, aliás, que foram discutidas no editorial “Ambientalistas, os novos inimigos da Pátria (Quem são os inimigos da Pátria?) ”.

Em comum, sempre são comentários anônimos e com e-mails de origem falsos.

Se estes ‘cidadãos’ estão convictos de suas posições por que se escondem atrás do anonimato? Por que fazem questão de permanecer à sombra. Querem o anonimato porque sabem, melhor do que ninguém, a quem servem.

Bem, lamentamos contrariar estes defensores do indefensável, mas continuaremos a “bater bumbo” em nossas pautas.

Somos fieis aos nossos princípios e ao nosso conceito base: “Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.”

Esperamos que, um dia, os escravagistas, os racistas, os inimigos do desenvolvimento sustentável sejam, apenas, vagas lembranças de um passado a ser lamentado.

Até lá, ao lado de nossos(as) leitores(as), colaboradores e articulistas, continuaremos a fazer o que está ao nosso alcance, da melhor forma que conseguimos, por um outro Brasil possível e necessário.

Henrique Cortez, henriquecortez{at}ecodebate.com.Br
coordenador do EcoDebate

batendo bumbo...

[EcoDebate, 16/05/2009]

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One thought on “Comentários anônimos e a canalhice envergonhada, por Henrique Cortez

  • Escondem-se no anonimato, porque não têm coragem de ‘colocar as nádegas na janela’, porque sabem que o Portal EcoDebate defende a verdade dos fatos e que muitos ‘poderiam passar as mãos lá no muito ‘profundo’, caso se identificassem.

    Eles sabem que esta competente equipe editorial está corretíssima, mas a verdade dói, especialmente quando fere os interesses escusos de quem esconde e nega a própria identidade, e especialmente porque, através dos artigos e reportagens, inevitavelmente vem o despertar da consciência, que passa a mobilizar vários segmentos de diferentes camadas sociais.

    Venho expressar o meu repúdio a este ato covarde de alguns, e a minha total solidariedade a esta Equipe Editorial, liderada pelo parceiro Henrique Cortez, pois o Portal EcoDebate cumpre o seu papel de maneira exemplar.

    O cidadão comum com o cérebro já atrofiado pela pobreza extrema, pela miséria e ignorância é mentalmente alienado e sofre verdadeiras lavagens cerebrais pela imprensa mercenária, sendo privado, na maioria das vezes, da própria vontade e do livre arbítrio.

    Este auxílio é extremamente necessário, pois o flagelo da corrupção tem se degenerado em subjugação, condição na qual, infelizmente, ainda vive grande parte da população brasileira.

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