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Estudo demonstra que a emissão de CO2 de 3 termelétricas chinesas supera o Reino Unido

Termelétrica a carvão, em foto de arquivo
Termelétrica a carvão, em foto de arquivo

As emissões de gases do efeito estufa das três maiores empresas elétricas chinesas em 2008 superaram as emissões totais do Reino Unido, disse a entidade ambientalista Greenpeace em um relatório, na terça-feira, que propôs um imposto sobre o carvão.

O carvão, combustível altamente poluente, gera bem mais de dois terços da eletricidade chinesa, e a enorme demanda energética dos últimos anos teve enorme impacto sobre as “pegadas” de carbono do gigante asiático. Reportagem de Emma Graham-Harrison, da Agência Reuters.

Somadas, as dez maiores geradoras de energia da China queimaram no ano passado 600 milhões de toneladas de carvão, um combustível barato e abundante no país. De acordo com o relatório, essas empresas emitiram o equivalente a 1,44 bilhão de toneladas de dióxido de carbono” (CO2), disse o relatório.

As três maiores empresas em termos de capacidade instalada de geração – China Huaneng Group, China Datang Corp e China Guodian Corp – foram responsáveis por mais de metade dessas emissões, ou 769 milhões de toneladas, de acordo com o relatório.

O cálculo do Greenpeace se baseou nos dados de consumo de combustível e nas cifras do governo sobre a quantidade de dióxido de carbono emitida nas usinas termoelétricas da China.

Para termos de comparação, a estimativa total das emissões de carbono no Reino Unido – cuja capacidade geradora mal chega a 10 por cento da chinesa – é de 623,8 milhões de toneladas.

Para manter seu crescimento sem comprometer sua segurança energética, a China não deve abandonar o carvão em curto prazo. O país é na atualidade o maior emissor mundial de gases do efeito estufa, mas, em termos per capita e numa perspectiva histórica mais ampla, os chineses ainda estão muito aquém das nações ocidentais, que têm populações menores e um crescimento industrial iniciado décadas antes.

Mesmo assim, o Greenpeace sugere que Pequim contenha as emissões adotando um imposto ambiental sobre o carvão e metas mais rígidas quanto a eficiência energética e uso de recursos renováveis.

O relatório também salienta o progresso da China na desativação das usinas termoelétricas menores e mais poluentes.

A China diz se empenhar no combate às emissões, mas admite que sua prioridade ainda é crescer economicamente para tirar milhões de cidadãos da pobreza. O governo também reivindica mais ajuda técnica e financeira para nações em desenvolvimento que busquem um crescimento mais sustentável.

* Reportagem da Agência Reuters, no Estadao.com.br

EcoDebate, 29/07/2009

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