Moringa: Água Limpa e Vida na Amazônia

Estudos indicam que 1 grama de Moringa em água turva pode remover até 90% das impurezas e bactérias
Artigo de Adriana Ribeiro
A Moringa é uma aliada poderosa na transformação social e na garantia de direitos fundamentais. Originária da Índia, essa planta chegou ao Brasil em 1839 e, além de ser nutritiva, possui uma propriedade pouco conhecida: sua capacidade de tratamento de água.
Em regiões da Amazônia onde mais de 1,2 milhão de pessoas ainda sofrem com a falta de acesso à água potável, a Moringa atua como um recurso natural e acessível para garantir saúde, segurança alimentar e qualidade de vida.
Na campanha da água da REPAM, mais de 500 famílias já foram beneficiadas com treinamentos sobre cultivo, colheita e uso correto da Moringa para tratamento da água. As sementes no preparo da solução líquida tornam-se um passo concreto para que famílias tenham acesso a um dos direitos mais essenciais: água limpa.
Estudos indicam que 1 grama de Moringa em água turva pode remover até 90% das impurezas e bactérias, tornando a água segura para consumo, e dependendo da água a ser tratada esses resultados podem ser ainda mais favoráveis quando combinados a processos de tratamentos como a filtração e a desinfecção (por cloro ou solar);
Essa iniciativa vai além da educação; é um empoderamento social. Ao aprenderem a utilizar a Moringa, as famílias conquistam autonomia e proteção para seus filhos, prevenindo doenças e fortalecendo a saúde coletiva.
A Moringa, portanto, é mais do que um superalimento: é vida, autonomia e esperança. Ela conecta ciência, tradição e ação social, mostrando que soluções simples e naturais podem transformar realidades complexas. Como sociedade, devemos apoiar e replicar iniciativas que levem conhecimento e água limpa para quem mais precisa.
Garantir água potável é um direito humano. Com a Moringa, esse direito se torna realidade em comunidades amazônicas.
Cada ação, cada ensinamento, cada gesto de cuidado é um passo para um futuro mais justo, saudável e sustentável.
* Adriana Ribeiro – engenheira Ambiental e Sanitária, e Pós Doutora em Engenharia Agrícola
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
[ Se você gostou desse artigo, deixe um comentário. Além disso, compartilhe esse post em suas redes sociais, assim você ajuda a socializar a informação socioambiental ]