Perigo: peixes exóticos nas águas do estado de São Paulo
Tucunaré. Foto: ResearchGate
Artigo de Vivaldo José Breternitz
As águas do estado de São Paulo têm enfrentado desafios ambientais devido à introdução de espécies exóticas de peixes.
Essas espécies, introduzidas acidentalmente ou intencionalmente para pesca esportiva e piscicultura, têm causado impactos significativos nos ecossistemas aquáticos.
Entre as espécies exóticas mais comuns estão a tilápia, o tucunaré e o bagre-africano.
Embora sejam economicamente importantes para a aquicultura, esses peixes competem com espécies nativas por recursos como alimento e espaço. Essa competição pode levar à diminuição ou até mesmo à extinção local de peixes nativos, como lambaris e cascudos, que desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas.
A introdução dessas espécies realmente gera desequilíbrios. O tucunaré, por exemplo, é um predador agressivo que pode reduzir drasticamente populações de espécies menores, alterando a dinâmica da cadeia alimentar.
Além disso, algumas espécies exóticas podem modificar o ambiente, como ocorre com a tilápia, que escava o fundo dos rios e lagoas, prejudicando a vegetação submersa e tornando a água mais turva, trazendo problemas a outros organismos que vivem na água
A presença de espécies exóticas também impacta a pesca artesanal, reduzindo a disponibilidade de espécies nativas preferidas pelos pescadores.
Esse cenário ressalta a importância de políticas públicas para o controle e manejo dessas espécies, visando proteger a biodiversidade aquática paulista.
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor e consultor – vjnitz@gmail.com.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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