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Guia de Estudo: Calor Extremo e Saúde do Trabalhador

 

Este guia de estudo foi elaborado para revisar sua compreensão sobre o impacto das altas temperaturas na saúde e bem-estar dos trabalhadores em ambientes urbanos

 

Este guia de estudo foi elaborado para revisar sua compreensão sobre o impacto das altas temperaturas na saúde e bem-estar dos trabalhadores em ambientes urbanos, com base no artigo “Calor extremo e saúde do trabalhador: o impacto das altas temperaturas em ambientes urbanos“, de Reinaldo Dias.

Introdução:

O texto examina os impactos do calor extremo na saúde e no bem-estar dos trabalhadores, focando nos ambientes urbanos no Brasil. Destaca como as mudanças climáticas, com o aumento das temperaturas médias e das ondas de calor, representam uma nova frente de batalha na luta por justiça social e climática, especialmente para populações vulneráveis.

O artigo analisa o problema em três contextos chave: transporte público, escolas públicas e locais de trabalho sem condições térmicas adequadas, enfatizando os riscos à saúde, a queda na produtividade e as desigualdades agravadas por essa exposição.

Por fim, propõe medidas de adaptação e mitigação, como climatização de ambientes públicos, reformas urbanas com infraestrutura verde e regulação do trabalho em condições de calor extremo.

Questões de Revisão (Resposta Curta):

Responda a cada pergunta em 2-3 frases, com base nas informações do artigo.

  1. Como a crise climática global afeta diretamente a saúde e a dignidade dos trabalhadores no Brasil?
  2. Qual é o limiar de temperatura estabelecido pelo Acordo de Paris e como a temperatura global média o superou recentemente?
  3. Segundo a OIT, que porcentagem da força de trabalho mundial está exposta ao risco de calor excessivo?
  4. Cite três setores no Brasil cujos trabalhadores ao ar livre enfrentam maior exposição a doenças relacionadas ao calor.
  5. Quais são alguns dos efeitos comuns observados entre trabalhadores que enfrentam longos trajetos em transporte coletivo sob calor intenso e sem hidratação?
  6. Por que a ausência de climatização em grande parte da frota de ônibus no Brasil reforça as desigualdades?
  7. Qual porcentagem de salas de aula em escolas públicas brasileiras é climatizada, de acordo com o estudo mencionado?
  8. Além do desconforto, como o calor extremo compromete funções fisiológicas básicas e a produtividade dos trabalhadores?
  9. Cite três propostas de adaptação e mitigação mencionadas no artigo para enfrentar o calor extremo.
  10. Como a injustiça térmica se manifesta na distribuição do sofrimento gerado pelo calor em contextos urbanos?

Perguntas para Redação:

Escreva uma redação em resposta a uma das seguintes perguntas. Não forneça respostas neste guia.

  1. Analise a conexão entre justiça social e justiça climática, conforme argumentado no artigo, e discuta como a luta pelos direitos dos trabalhadores deve incorporar o enfrentamento dos impactos do calor extremo.
  2. Compare e contraste os desafios enfrentados no transporte público e nas escolas públicas em relação ao calor extremo, detalhando os impactos na saúde e no bem-estar de usuários e profissionais.
  3. Discuta as vulnerabilidades específicas enfrentadas por trabalhadores informais e terceirizados em relação ao calor extremo, explicando por que eles estão entre os mais afetados.
  4. Examine a importância da regulamentação do trabalho em situações de calor extremo no Brasil, destacando as normas e medidas que ainda precisam ser implementadas.
  5. Avalie a eficácia das propostas de adaptação e mitigação apresentadas no artigo (climatização, infraestrutura verde, regulação do trabalho, educação climática, governança local) na construção de cidades mais resilientes e justas diante do calor extremo.

Glossário de Termos-Chave:

  • Aquecimento Global: Processo acelerado de aumento da temperatura média do planeta, impulsionado pelas mudanças ambientais globais.
  • Calor Extremo: Condições de temperatura excepcionalmente altas que representam riscos significativos para a saúde e segurança.
  • Crise Climática: Conjunto de impactos negativos causados pelas mudanças climáticas, incluindo eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar e perda de biodiversidade.
  • Estresse Térmico: Conjunto de reações fisiológicas e psicológicas do organismo em resposta à exposição ao calor excessivo. Pode levar à exaustão, insolação e agravar doenças existentes.
  • Ilhas de Calor Urbanas: Áreas urbanas que experimentam temperaturas significativamente mais altas do que as áreas circundantes devido à concentração de edifícios, asfalto e falta de vegetação.
  • Injustiça Climática: Distribuição desigual dos impactos das mudanças climáticas, que afeta desproporcionalmente populações vulneráveis e de baixa renda.
  • Injustiça Térmica: Manifestação da injustiça climática em que o sofrimento e os riscos relacionados ao calor extremo são distribuídos de forma desigual na sociedade, afetando mais os grupos marginalizados.
  • Justiça Climática: Conceito que reconhece que as mudanças climáticas têm implicações éticas e políticas e que suas causas e impactos devem ser enfrentados de forma justa e equitativa.
  • Justiça Social: Busca pela igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas em uma sociedade, combatendo discriminações e desigualdades.
  • Onda de Calor: Período prolongado de temperaturas anormalmente altas em uma determinada região.
  • Risco Ocupacional: Perigo inerente a um ambiente de trabalho ou atividade profissional que pode causar danos à saúde ou segurança do trabalhador.

Chave de Resposta para as Questões de Revisão:

  1. A crise climática global, através do calor extremo, compromete silenciosa e brutalmente a vida de milhões de trabalhadores tanto nos trajetos diários quanto nos ambientes de trabalho e estudo, tornando a garantia de conforto térmico uma necessidade vital.
  2. O Acordo de Paris estabeleceu um limiar de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A temperatura média global o ultrapassou persistentemente pela primeira vez em 2024.
  3. Segundo a OIT, cerca de 70,9% da força de trabalho mundial já convive com o risco de calor excessivo em sua rotina.
  4. Setores como agropecuária, limpeza urbana, reciclagem e transporte no Brasil enfrentam maior exposição a doenças relacionadas ao calor devido ao trabalho ao ar livre.
  5. Exaustão térmica, desidratação e aumento da pressão arterial são efeitos comuns para trabalhadores em transporte coletivo sob calor intenso.
  6. A ausência de climatização em ônibus reforça desigualdades porque afeta desproporcionalmente populações de menor renda, que dependem do transporte público e residem em áreas periféricas.
  7. De acordo com o estudo mencionado, apenas 34% das salas de aula em escolas públicas brasileiras (municipais, estaduais e federais) são climatizadas.
  8. O calor extremo vai além do desconforto, comprometendo funções fisiológicas básicas, afetando a produtividade e, em situações graves, podendo levar à incapacitação temporária ou morte.
  9. Três propostas incluem climatização de ambientes públicos essenciais, reformas urbanas com infraestrutura verde e regulação do trabalho em situações de calor extremo.
  10. A injustiça térmica se manifesta na distribuição desigual do sofrimento gerado pelo calor, concentrando-se mais entre os pobres, negros, trabalhadores informais, crianças das periferias e profissionais da linha de frente.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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