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Estudo divulgado pelo Ipea revela que nove em cada dez brasileiros têm medo de assassinato

Pesquisa do Ipea traz ainda percepção dos brasileiros sobre confiança na polícia e sobre serviços prestados pelos policiais

Estudo divulgado pelo Ipea revela que cerca de noventa por cento dos brasileiros têm medo de sofrer crimes como homicídio, assalto a mão armada e arrombamento de residência e o medo de agressão física chega a 70%. Os números são do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 2, em Brasília.

O medo da violência, em geral, é maior na região Nordeste, onde o percentual de entrevistados com muito medo de assassinato é de 85,8%, contra 78,4% no Norte e no Sudeste, 75% no Centro-Oeste e 69,9% no Sul. Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa Almir de Oliveira Junior, responsável pelo estudo, os números refletem as taxas de homicídios, que são menores no Sul.

Segundo Almir, o medo de homicídio também é maior entre as mulheres e entre aqueles que não foram vítimas de algum tipo de crime nos últimos 12 meses. Quanto ao medo arrombamento de residência, os valores são menores na classe média. “O medo é maior entre a população de renda mais baixa, que tem condições mais precárias de moradia, e de renda mais alta, que mora em locais mais visados”, explicou.

Confiança
Os dados mostram que a Polícia Federal conta com maior confiança da população: cerca de 85% confiam ao menos um pouco nessa polícia. As Polícias Civil e Militar têm cerca de 74% e 72% de confiança, enquanto as guardas municipais registram 68%. “Esses números variam muito pouco por sexo, escolaridade e renda. A variação mais significativa é por idade: os mais jovens confiam menos nas organizações de segurança pública”, afirmou Almir.

Sobre a atuação policial, os números mostram que a maior parte da população acha que a polícia não atende a emergências de forma rápida, não registra as ocorrências e nem realiza as investigações de forma eficiente, não aborda as pessoas de forma respeitosa, não é competente, não respeita os direitos do cidadão e é preconceituosa. Em geral, a avaliação é melhor entre os indivíduos com menor escolaridade e com maior idade.

Entre os que já tiveram contato com a polícia, a maioria considera que o serviço foi ótimo, bom ou regular. Apenas cerca de 27% o consideraram ruim ou péssimo. Sobre problemas ocorridos no contato com os policiais, 5,8% dos entrevistados que tiveram contato com a polícia disseram ter sido ameaçados, 10,8% ter sido ofendidos verbalmente; 3,4%  ter sido agredidos e 4,1% ter sido extorquidos.

SIPS
O sistema de indicadores permite ao setor público estruturar as suas ações para uma atuação mais efetiva, de acordo com as demandas da população brasileira. As primeiras edições foram sobre justiça e cultura. Ainda serão lançadas avaliações sobre gênero; bancos; mobilidade urbana; saúde; educação; e qualificação para o trabalho.

Leia a íntegra do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre segurança pública

Veja a apresentação do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre segurança pública

Informe do Ipea publicado pelo EcoDebate, 29/12/2010

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