Moção de apoio à Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes, RS

O Centro Acadêmico de Serviço Social da Universidade de Brasília apóia a causa do movimento negro e se solidariza com a luta das comunidades quilombolas pela imediata regularização dos seus territórios.

O Estado brasileiro investiu dinheiro para que a população negra fosse historicamente excluída, investindo dinheiro para a imigração de estrangeiros após a abolição da escravidão e marginalizando o acesso da população negra ao mercado de trabalho, sem compensação por séculos de escravidão, ou sequer direito à demarcação das terras quilombolas.

Repudiamos os ataques que a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes vem sofrendo. No último ataque feito à Comunidade, dia 4/12, 2 líderes da comunidade foram mortos e outras 2 pessoas foram feridas. Um ataque com nítido caráter racista por parte de uma pessoa que mora nos arredores da comunidade.

Os ataques que a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes vem sofrendo ocorrem devido à omissão por parte do Estado e à demora na regularização dos territórios quilombolas.

O Manifesto em Defesa das Comunidades Quilombolas assinado por várias entidades do movimento negro e por várias associações de comunidades quilombolas, veiculado no site EcoDebate, denuncia as dificuldades que têm sido vivenciadas pelos integrantes da comunidade desde que esta se declarou quilombola e relata que a terra da comunidade é alvo da especulação imobiliária e da disputa de posseiros.

A terra não deve estar à disposição dos interesses da especulação imobiliária! As Comunidades Quilombolas têm direito à posse da terra!

Todo apoio à Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes!

Contra todo tipo de ataque racista às Comunidades Quilombolas!

Pela imediata regularização dos territórios quilombolas!

Centro Acadêmico de Serviço Social – CASESO
Universidade de Brasília – UnB

[EcoDebate, 23/12/2008]

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