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CPT e MST denunciam violência contra assentados em Alto Paraíso

Com muita indignação e desejo de justiça é que a Comissão Pastoral da Terra regional Goiás (CPT GO) e o MST do Distrito Federal e entorno, vêm denunciar as agressões que as famílias do assentamento Silvio Rodrigues, localizado no município de Alto Paraíso (GO), têm sofrido por parte de José Felipe dos Santos, mais conhecido por Major Felipão. A área do assentamento Silvio Rodrigues pertencia à União e foi repassada ao Incra para ser transformada em projeto de assentamento e, desde então, as cerca de 18 famílias que lá vivem têm sofrido perseguição por parte de Felipão, que reivindica a área dizendo-se dono da mesma. O fazendeiro tem terras próximas ao assentamento e costumava soltar o seu gado para pastar na área, até então pública.

Felipão entrou na justiça de Alto Paraíso e conseguiu do juiz, Lênio Cunha Prudente, seu amigo, liminar de reintegração de posse. O MST apresentou Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que o deferiu favoravelmente ao movimento. Diante disto, o juiz então marcou Audiência, na qual foram ouvidas três testemunhas, todos funcionários da Fazenda Árvore Grande, de propriedade de Felipão e onde ele mora, que logicamente se pronunciaram a favor do patrão. Em base aos depoimentos desta audiência o juiz determinou nova reintegração de posse. Esta decisão judicial foi rapidamente cumprida, no dia 19 de novembro. O Oficial de Justiça chegou acompanhado por quatro viaturas da Polícia Militar com homens fortemente armados e determinou a saída das famílias de seus barracos. Estas foram acolhidas por famílias vizinhas. No sábado, dia 22, Felipão com alguns “capangas” ateou fogo a sete dos barracos desocupados e ainda ameaçou e aterrorizou os assentados. Na segunda-feira, dia 25, voltou novamente ao local e queimou mais um barraco. Os advogados dos trabalhadores, no mesmo dia 25, recorreram da decisão do juiz ao Tribunal de Justiça de Goiás e esperam uma rápida decisão.

Diante disso, a CPT, o MST e os trabalhadores e trabalhadoras rurais do assentamento Sílvio Rodrigues exigem que os órgãos competentes do poder público adotem medidas concretas e urgentes para dar segurança a essas famílias que estão em pleno conflito agrário, entregues à violência de grileiros da região.

Maiores informações: Elizeu (61) 9678-7654 – Hildon (62) 9697-1604 – Duvidoso (62) 9669-9849 – (ASSENTAMENTO SÍLVIO RODRIGUES)
CPT – GO: Francisco – (61) 9196-2451
Em Brasília: Andréia (61) 8562-2321 / Janderson (61) 3387-1913

[EcoDebate, 28/11/2008]

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