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Efetivo do Ibama no Pará dará prioridade às ações em Paragominas

O efetivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará será integralmente direcionado para fortalecer, nos próximos dias, as ações de fiscalização da Operação Rastro Negro em Paragominas, nordeste do estado. A informação é do coordenador da operação, o fiscal Marco Vidal, que reafirmou a disposição do órgão em não retroceder no combate ao comércio ilegal de carvão vegetal.

“Vamos caçar os caminhões roubados e terminar o embargo administrativo das empresas que utilizam dessa estrutura ilegal”, afirmou Vidal em entrevista à Agência Brasil. “O Ibama estará com carga máxima aqui”, acrescentou.

O coordenador também aguarda a chegada de agentes da Força Nacional de Segurança à cidade até a próxima quarta-feira. Uma solicitação neste sentido já foi encaminhada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao Ministério da Justiça.

Na noite de 23/, o escritório do Ibama em Paragominas foi depredado em um protesto que contou com cerca de 3 mil populares. Houve ainda tentativa de invasão ao hotel onde os fiscais se hospedaram. Segundo Vidal, estavam no local, além dos 5 funcionários do Ibama, outros 40 hóspedes.

Parte da população local e alguns comerciantes desaprovam o trabalho dos fiscais. O coordenador considera a resistência natural, já que a fiscalização contraria todos que alcançam algum benefício econômico decorrente de atividades legais.

Em nota divulgada na tarde de hoje (24), a Prefeitura de Paragominas, a Câmara Municipal e entidades representativas da sociedade civil organizada lamentaram os incidentes e se disseram favoráveis à punição dos vândalos.

“Destacamos nosso repúdio aos atos de vandalismo ocorridos, principalmente a destruição do patrimônio público municipal e federal e ameaça aos agentes do Ibama, cujos autores devem ser devidamente identificados e responsabilizados pelas autoridades competentes”, diz o texto.

Entretanto, na mesma nota, os signatários sustentam que, mesmo ilegais, as atividades coibidas é que mantêm o sustento de muitas famílias. Eles cobram dos governos federal e estadual a oferta de alternativas de trabalho e renda para a população.

“Mais que nunca, é necessário que os governos federal e estadual estabeleçam ações construtivas, ao invés de somente ações repressivas, como tem sido a tônica dos últimos anos. O estado do Pará e também Paragominas ainda aguardam a chamada Operação Arco Verde, irmã da Operação Arco de Fogo, mas que visava criar alternativas de emprego e renda para as pessoas que perderam os seus empregos em decorrência do combate ao desmatamento”, enfatiza a nota.

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Matéria de Marco Antônio Soalheiro, da Agência Brasil, publicada pelo Ecodebate, 25/11/2008.

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