Oito pessoas são presas por extração ilegal na Floresta Nacional do Trairão, PA
Toras apreendidas pelo Ibama, em foto de arquivo
Na manhã de hoje (ontem, 10/11), fiscais do Ibama foram à Delegacia da Polícia Civil de Itaituba, para apresentar oito pessoas que foram detidas pelo órgão por terem sido encontrados dentro de uma área de exploração ilegal de madeira na Floresta Nacional do Trairão, oeste paraense. Essas pessoas agora estão presas e caberá à Polícia encaminhar os procedimentos penais contra os indiciados, e ao Ibama, os administrativos, que se referem às apreensões e autuações.
A constatação do ilícito ambiental ocorreu ontem à noite, dia 09, quando uma equipe formada pelo Ibama, Chico Mendes, Polícia Militar e Polícia Civil, coordenada pelo Chefe da Flona Trairão, Maurício Santamaria, chegaram à área e encontraram as oito pessoas na Floresta Nacional com três caminhões próprios para transporte de madeira, sendo que apenas um já estava carregado com toras de madeira, da espécie Ipê. Nas proximidades havia, ainda, toras de madeira espalhadas por vários pátios de estocagem.
De acordo com o agente de fiscalização ambiental Alessandro Queiroz, além desses caminhões, havia outro no entorno da Flona que serviu para despejar madeira no ramal de acesso à floresta. “Os infratores usaram o caminhão para tentar obstruir a entrada para a floresta, com a intenção de impedir a fiscalização na área e consequentemente, a constatação do ilícito ambiental. Estima-se que cerca de 10 mil hectares de floresta estejam danificadas por essa exploração ilegal”, conta.
A equipe também percorreu todos os ramais catalogados por outras equipes que percorreram, anteriormente, essas áreas, e constataram outras áreas danificadas. Os responsáveis serão autuados pelas infrações.
Guardiões da Amazônia retorna à zona de Tiroteio em Rurópolis
Outra ação da Operação Guardiões Amazônia com base operativa em Itaituba, foi no último sábado, dia 08, quando a equipe, desta vez reforçada com os 36 agentes e policiais, dos órgãos citados anteriormente, com nove viaturas, retornaram à área onde houve tiroteio no município de Rurópolis, no dia 29 de outubro. Os fiscais mensuraram o dano ambiental, estimado em 300 hectares de área na floresta, e a Polícia Federal continua a investigar a titulação dessa área.
Ainda no sábado, a equipe encontrou queimadas e desmatamento recente em uma Área de Preservação Permanente (APP), que fica no começo do ramal dessa floresta, chamada Gleba Cupari. É uma área que já foi interditada pela Justiça Federal por falta de licenciamento ambiental. Os responsáveis pelos danos foram notificados a comparecer para assinarem os autos de infração.
Por Luciana Almeida, da Ascom/Ibama
[EcoDebate, 11/11/2008]
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