Agrotóxicos usados na Europa podem prejudicar o desenvolvimento do cérebro

[Potential developmental neurotoxicity of pesticides used in Europe]

Um estudo publicado no Environmental Health afirma que agrotóxicos amplamente utilizado na Europa são neutotóxicos, podendo causar danos no desenvolvimento do cérebro. O estudo [Potential developmental neurotoxicity of pesticides used in Europe] é baseado em níveis de exposição medidos na população dos EUA porque esta medição ainda não foi realizada na Europa. Por Henrique Cortez, do EcoDebate.

Um em cada vinte itens alimentares consumidos na UE ultrapassa o limite legal um agrotóxico específico. Além disso, mais de 25% de frutas, legumes, cereais comtém resíduos de, pelo menos, dois agrotóxicos. Alimentos processados e alimentos para bebês também são comumente contaminados. Outras fontes, tais como beber água contaminada, respirar poeira e pulverizações contribuiem para a exposição humana.

O estudo, em sua conclusão, recomenda que, enquanto se aguarda provas mais definitivas, as incertezas existentes devem ser analisadas, tendo em conta a necessidade de ações cautelares para proteger o desenvolvimento cerebral.

Abaixo transcrevemos o abstract do citado estudo. Para traduzir o texto utilize a barra de ferramentas de idiomas, no topo da matéria, logo abaixo do título e, na caixa de opções, selecione o idioma “Português”.

Para acessar o estudo na íntegra, no original em inglês e no formato PDF, clique aqui

Potential developmental neurotoxicity of pesticides used in Europe
Marina Bjorling-Poulsen, Helle Raun Andersen, Philippe Grandjean
Environmental Health 2008, 7:50 (22 October 2008)

Absctract

Potential developmental neurotoxicity of pesticides used in Europe
Marina Bjorling-Poulsen email, Helle Raun Andersen email and Philippe Grandjean email
Environmental Health 2008, 7:50doi:10.1186/1476-069X-7-50
Published: 22 October 2008

Pesticides used in agriculture are designed to protect crops against unwanted species, such as weeds, insects, and fungus. Many compounds target the nervous system of insect pests. Because of the similarity in brain biochemistry, such pesticides may also be neurotoxic to humans. Concerns have been raised that the developing brain may be particularly vulnerable to adverse effects of neurotoxic pesticides. Current requirements for safety testing do not include developmental neurotoxicity. We therefore undertook a systematic evaluation of published evidence on neurotoxicity of pesticides in current use, with specific emphasis on risks during early development. Most epidemiologic confirmation deals with mixed exposures to pesticides. Laboratory experimental studies using model compounds suggest that many pesticides currently used in Europe – including organophosphates, carbamates, pyrethroids, ethylenebisdithiocarbamates, and chlorophenoxy herbicides – can cause neurodevelopmental toxicity. Adverse effects on brain development can be severe and irreversible. Prevention should therefore be a public health priority. The occurrence of residues in food and other types of human exposures should be prevented with regard to the pesticide groups that are known to be neurotoxic. For other substances, given their widespread use and the unique vulnerability of the developing brain, the general lack of data on developmental neurotoxicity calls for investment in targeted research. While awaiting more definite evidence, existing uncertainties should be evaluated in regard to the need for precautionary action to protect brain development.

[EcoDebate, 03/11/2008]

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