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Notícia

Ibama desmonta garimpo ilegal dentro de Unidade de Conservação em Itaituba, no oeste do Pará

O Ibama fechou na quinta-feira (03) um garimpo clandestino de cassiterita dentro da Floresta Nacional (Flona) de Altamira, a 50 quilômetros de Moraes de Almeida, localidade às margens da rodovia BR 163, que liga Santarém a Cuiabá. Os três responsáveis foram presos em flagrante e encaminhados à Seccional da Polícia Civil em Itaituba, PA. Os trabalhadores encontrados no local, vivendo em condições muito precárias, prestaram depoimentos e foram liberados.

Os responsáveis pela devastação foram autuados por causar danos a Unidade de Conservação e por fazer funcionar empreendimento potencialmente poluidor, no caso a mineração, sem licença válida. As multas aplicadas totalizam R$ 1.245.000. Na ação, os servidores apreenderam um caminhão e um trator de esteira D-9, além de dois separadores de minérios, bombas d´água, motores e geradores utilizados na exploração mineral, e uma espingarda calibre 12. Também ficaram apreendidas dez toneladas de cassiterita (minério de estanho), e pedras de topázio e quatzo.

A equipe de fiscalização retornou ao garimpo, com o apoio do Exército Brasileiro, para desmontar e retirar os equipamentos apreendidos da área, o que deve acontecer hoje. Os garimpos ilegais provocam danos ambientais de grandes proporções, pois implicam desmatamentos, assoreamento e contaminação dos recursos hídricos por substâncias tóxicas, com grande risco para a saúde tanto das pessoas que trabalham na atividade ilegal, geralmente sem equipamentos de proteção individual, como para as populações que utilizam a água e os recursos pesqueiros dos cursos d´água poluídos, além de dizimar a fauna e a flora aquáticas.

“Os garimpos clandestinos, os desmatamentos e a extração ilegal de madeira em unidades de conservação infelizmente geram grandes lucros no oeste do Pará, muitas vezes é o crime organizado que os alavanca.”, afirma o gerente do Ibama em Santarém, Daniel Cohenca. Os crimes ambientais na região muitas vezes estão ligados a outros ilícitos, como a grilagem de terras, a exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão e a pistolagem, mas “o combate aos ilícitos está cada vez mais severo, pois é a manutenção da saúde ambiental da região que está em questão”, concluiu Cohenca.

A operação Garimpeira age a partir da base operativa em Moraes de Almeida, no município paraense de Itaituba, tem o apoio das polícias Civil e Militar do Pará, e faz parte da Guardiões da Amazônia, do Ibama, cujas ações de combate ao desmatamento e outros crimes ambientais no oeste paraense estão sob coordenação da gerência do órgão em Santarém.

Christian Dietrich
Ascom/Ibama