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Notícia

Mais de 1/3 do gado está na Amazônia

O número de cabeças de gado criados na Amazônia Legal atinge 73 milhões, o que representa 35% da pecuária brasileira, em 185 milhões de animais. O dado é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nas estatísticas de vacinação de febre aftosa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Da Gazeta Mercantil, 27/06/2008.

O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da confederação, Assuero Doca Veronez, o crescimento da pecuária de corte na Amazônia Legal nos últimos dez anos foi de 85,2%. Acima da média nacional que foi de 27,5%, em igual período.O desempenho motivado pelo o fato de a região possuir condições mais competitivas e ter vocação para a atividade.

O rebanho brasileiro já ultrapassou 200 milhões de cabeças de gado nos últimos anos. Ele lembra que nos últimos três anos, entretanto, a pecuária brasileira experimentou uma crise, por conta de focos da febre aftosa. Isso fez elevar os abates de matrizes. “Até 2002 a taxa de abates de fêmeas era em torno de 25% anuais. E o percentual subiu para entre 32% e 35% nos últimos anos”, declarou. Por outro lado, houve crescimento do rebanho na região da Floresta Amazônica.

“A Amazônia Legal representa hoje uma nova fronteira para a pecuária e tem uma forte vocação para o setor. Lá o clima é o grande diferencial por não ter frio e nem seca. E permite que um boi seja criado em pasto em se desenvolve mais em menor tempo, de seis vezes a menos d que nas demais regiões do País”, disse Veronez.

É possível se criar uma cabeça de gado com menor custo na Amazônia, diz. Cerca de 20% a menos em relação às demais regiões, em decorrência “das boas” condições climáticas.

O número de gado existente na Amazônia Legal, segundo a CNA, supera todo o rebanho da Argentina, de 51 milhões.

Ele disse, porém, que a atividade da pecuária na região induz ao desmatamento da Floresta. “É óbvio que os principais responsáveis são a indústria madeireira e a pecuária”, destaca. “Os índices de desmatamento caíram 60%”, justifica.

(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 6)(Viviane Monteiro)