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Notícia

crime ambiental – extração ilegal de ouro: Polícia acaba com garimpo de ouro

Cinco balsas são apreendidas no Paraíba do Sul, em Rio das Flores – A Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) apreendeu ontem cinco balsas usadas na extração ilegal de ouro no Rio Paraíba do Sul, em área do município de Rio das Flores. Cinco funcionários foram detidos, prestaram depoimento e foram liberados. Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) estão em busca do dono das embarcações, identificado como Francisco Barroso dos Santos. Por Ruben Berta, do jornal O Globo, 28/03/2008.

Uma equipe formada por representantes da DPMA, de diversos órgãos da Secretaria do Ambiente e da Prefeitura de Rio das Flores chegou ao local no início da manhã de ontem.

Durante cerca de três semanas, as atividades de mineração vinham sendo acompanhadas por membros da Cicca, que iniciaram as investigações após denúncias anônimas.

De acordo com a Secretaria do Ambiente, a extração era feita de forma ilegal pois se valia apenas de um alvará do Departamento Nacional de Produção Mineral. Este, segundo o órgão, é apenas um dos documentos necessários para se obter a licença de operação da Feema.

Por não estar com a documentação em dia, o proprietário pode receber multa que varia de R$ 5 mil a R$ 1 milhão e responderá por crime ambiental.

Com a chegada da equipe de fiscalização, alguns funcionários conseguiram chegar até a margem do rio e fugir. De acordo com o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, os cinco detidos informaram que são de Belém do Pará e vieram exclusivamente para trabalhar na atividade de extração de ouro: — Eles trabalhavam em condições bastante precárias.

Dormiam em redes colocadas nas próprias balsas.

Ainda segundo Padrone, a extração do minério vinha colaborando para o assoreamento do rio, que já é visível em alguns pontos da região. Ele disse ainda que havia indícios de utilização de mercúrio, mas o material não foi encontrado.

Os equipamentos apreendidos, como roupas de mergulho, foram periciados pela DPMA.

Os cinco motores das balsas foram retirados do rio com uma retroescavadeira e levados para depósito público de Rio das Flores.