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Ibama de MS multa MMX, de Eike, em R$ 3 mi

O Ibama de Mato Grosso do Sul multou a empresa MMX, do empresário Eike Batista, em R$ 3 milhões por uso de carvão vegetal produzido a partir de desmatamento recente na região do Pantanal. Segundo o Ibama, a MMX agiu em desacordo com sua licença de operação. Em dezembro, a siderúrgica já havia sido multada em R$ 1 milhão. A reincidência fez com que o valor fosse triplicado. Por Thiago Reis, Folha de S.Paulo, 19/02/2008.

Desde dezembro, a MMX estava proibida de comprar madeira, carvão ou outros subprodutos dos municípios de Corumbá, Ladário, Miranda, Bodoquena, Jardim, Guia Lopes e Bonito -justamente a cidade de onde saiu a carga desta vez.

Os fiscais do Ibama conseguiram detectar a irregularidade por meio do DOF (Documento de Origem Florestal, que substituiu a antiga ATPF, Autorização de Transporte de Produtos Florestais), que permitiu o rastreamento eletrônico do produto. Na primeira vez, a empresa adquiriu a carga (cerca de 60 toneladas) -inclusive espécies de árvores protegidas por lei- de uma carvoaria que operava de maneira ilegal em terra indígena, segundo o Ibama.

O governo de Mato Grosso do Sul descarta risco ambiental; a MMX também. Em nota, a siderúrgica diz que ainda não recebeu a autuação do Ibama e que, por isso, não irá se manifestar. A MMX também diz que já recorreu da primeira autuação do órgão. Para a empresa, a propriedade da qual adquiriu o produto não estava localizada em uma terra indígena.

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