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Rotulagem de transgênicos precisa ser revista, defende especialista

O sistema de rotulagem de alimentos geneticamente modificados, os chamados transgênicos, precisa ser revisto. A opinião é da diretora executiva da organização não-governamental Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Alda Lerayer, em entrevista à Rádio Nacional. Para ela, o sistema de rotulagem de transgênicos deveria ser alterado desde a criação da nova lei de biossegurança, em 2005. Matéria de Priscilla Mazenotti, repórter da Agência Brasil.

“O decreto de rotulagem precisaria ser revisto depois da criação da nova lei de biossegurança. Isso ainda não foi feito pelo governo. Só depois que isso acontecesse é que a rotulagem passaria a ser obrigatória”, acrescentou.

Segundo a diretora, por lei, os produtos com mais de 1% de alimentos transgênicos na sua composição devem ser rotulados especificamente. Esse rótulo, criado como forma de alerta para consumidores, é formado por um triângulo amarelo com um “T” no meio, indicando que aquele produto contém organismos geneticamente modificados. Lerayer disse que esse símbolo é ineficaz na informação ao consumidor. “Foi uma coisa tendenciosa que foi feita. O símbolo não informa e vai de encontro ao próprio código do consumidor, que diz que a rotulagem deve ser objetiva, clara e direta”, afirmou.

Para ela, o ideal é retirar a obrigatoriedade desse símbolo e determinar que as empresas passem a colocar em seus rótulos a mensagem “contém transgênico”. “Aí sim as regras de rotulagem ficariam adequadas”, defende.

Alda Lerayer disse que, ainda assim, produtos com o rótulo de transgênico não são vistos nas prateleiras porque não há nenhum produto nos mercados que tenham mais de 1% de transgênico na sua composição. “A menos que seja uma farinha de soja ou de milho”, explicou.