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Artigo

Controles operacionais do tratamento de efluentes, artigo de Roberto Naime

 

Tanques usados nas quatro fases do processo de tratamento de água da Estação do Guaraú, em São Paulo: coagulação, floculação, decantação e filtração (Foto: Anne Vigna/A Pública)
Tanques usados nas quatro fases do processo de tratamento de água da Estação do Guaraú, em São Paulo: coagulação, floculação, decantação e filtração (Foto: Anne Vigna/A Pública)

 

[EcoDebate] No controle operacional, o requisito básico é identificar e planejar as atividades e operações associadas aos aspectos ambientais significativos e relevantes, identificados em alinhamento com a política ambiental, seus objetivos e seus alvos.

A finalidade dos controles operacionais é assegurar que o desempenho ambiental atenda aos objetivos e alvos. As formas mais comuns das organizações alcançarem o controle operacional efetivo e eficaz são as seguintes:

  • Preparando procedimentos documentados para as atividades e operações a fim de assegurar que não se desviem de políticas, objetivos e alvos;
  • Especificando sempre que necessários, critérios operacionais eficientes;
  • Estabelecendo e comunicando aos fornecedores e subcontratados ou terceirizados, procedimentos relevantes que se relacionem com os aspectos ambientais significativos das mercadorias e serviços utilizados pela organização.

Cabe ressaltar, que procedimentos documentados não são necessários para toda operação e circunstância, e não visam burocratizar o processo.

Objetivam simplesmente coibir situações nas quais sua ausência poderia levar a desvios das políticas, objetivos e alvos ambientais ou especificações legais e regulamentares pertinentes.

Os controles operacionais podem e devem se estender a todas as atividades da organização. Mas os setores mais sensíveis são o tratamento de efluentes líquidos, quando houver, a gestão adequada dos resíduos sólidos, que sempre haverá em maior ou menor extensão e o monitoramento das emissões atmosféricas, se houver, além de itens como ruídos, vibrações e outros.

Dentro dos objetivos é necessária a descrição do tratamento e do monitoramento (Índices de Desempenho Ambientais) que serão aplicados aos aspectos físicos, químicos e biológicos dos processos de tratamento.

O objetivo é promover um controle efetivo da qualidade dos efluentes líquidos que poderão ser reutilizadas ou serão lançados em corpo receptor, conforme licenciamento ambiental.

É recomendável a criação de sistemas de abreviaturas de fácil acesso para a codificação simplificada dos documentos de registros, definindo as abreviaturas. Por exemplo, ETE, significa Estação de Tratamento de Efluentes e OD, oxigênio dissolvido.

Somente os técnicos e especialistas conhecem esta nomenclatura, mas é necessária a socialização da informação para a obtenção de bons resultados.

Devem ser normatizados todos os procedimentos para as operações de tratamento e criados, discutidos e aprovados métodos de análise bem determinados para todos os parâmetros de controle.

Desta forma que podem ser utilizados e aceitos adequadamente como indicadores.

Também deve ser definido o Programa de Amostragem com os seguintes itens mínimos:

  1. Pontos que serão amostrados;
  2. Localização dos pontos;
  3. Parâmetros que serão considerados para análise em cada ponto;
  4. A frequência das amostragens (semanais, mensais, trimestrais);
  5. O tipo de amostragem.

Para esta programação de amostragem que produzirá resultados, devem ser fixados os objetivos e metas em relação a efluentes líquidos, por exemplo.

Todos os procedimentos e ações relevantes devem ser estendidos para fornecedores e subcontratados.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

 

EcoDebate, 20/03/2014


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