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Artigo

Cisternas de plástico derretem ao sol, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

 

[EcoDebate] As imagens, divulgadas pela ASACOM (Assessoria de Comunicação da ASA), são impressionantes. As cisternas de plástico, que o governo garantiu duração de 15 anos, não resistiram três meses sob o sol e as chuvas do sertão, particularmente em Cedro, Ceará.

Cisterna de plástico que se deformou depois de fortes chuvas no município de Cedro/PE
Cisterna de plástico que se deformou depois de fortes chuvas no município de Cedro/PE

Cisterna de pvc 'derretida' pelo sol
Cisterna de pvc ‘derretida’ pelo sol

O dinheiro público (Cinco mil reais cada), os resíduos, a decepção das famílias, tudo faz parte do lixo despejado pelo governo federal no semiárido. Quem será responsabilizado?

Antes se dizia que no Brasil não há memória. Mas, hoje, cada celular é uma câmara fotográfica e a rede de internet põe no mundo o que se quer. Portanto, a vigilância será permanente.

É verdade que o governo recuou e comprometeu-se a refazer o contrato com a ASA para continuar a convivência com o semiárido da sociedade civil. Recuou também de 300 mil cisternas de plástico para 60 mil. Mesmo assim, diante do que salta aos olhos, ainda vai despejar 60 mil peças de lixo plástico na cabeça dos nordestinos.

Merecemos mais respeito.

Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

EcoDebate, 07/03/2012

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11 thoughts on “Cisternas de plástico derretem ao sol, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

  • Acredito mais na má fé da empresa produtora das cisternas do que na incompetência do governo. A empresa deveria de saber as condições térmicas locais para fazer um reforço na estrutura externa dos equipamentos. Num lugar em que os encanamentos tem que ser na rosca porque cola não segura, não é de se admirar o fato ocorrido. Fiscalizar e denunciar o mau uso de verbas ou a má prestação de serviços é papel de todos os brasileiros.

  • Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos

    Gostaria que o articulista esclarecesse melhor o fenômeno de abatimento da calota superior da cisterna de plástico. Afinal, foi o sol ou foi a chuva? Tecnologicamente o que está acontecendo realmente com o plástico? O problema é generalizado? Está ocorrendo em todas as cisternas de plástico instaladas?
    Esclareço, a dúvida não é política, é tecnológica mesmo.
    Abraços,
    Álvaro

  • Álvaro, boa pergunta, e gostaria de ser informado quanto ao plano, projeto se foi e é transparente em todos os sentidos?

  • José Correia de Araujo Filho

    Ficou comprovado mais uma vez que a Irresponsabilidade, a Incompetência e o descaso com o uso do dinheiro público, continuam prevalecendo.

    Vergonhoso!

  • Antonio Francisco Mensch

    Alvaro,
    Não é preciso ser tecnico, quimico ou outro profissional, basta entender que se o material de que foi feito as cisternas fosse de boa qualidade, acredito que não haveria problema. Provavelvente alguem está mamando por detras disto. Não adianta querer vender geladeira para esquimó. Mais uma vez a falta de seriedade com a coisa pública. Este é o nosso Brasil, que sediará a copa do Mundo. Vai ter gente ficando rica como nunca se viu.

  • AROLDO CANGUSSU

    Prezados
    Eles estão deixando de fortalecer a mão de obra sertaneja (pedreiros, ajudantes..) na construção de cisternas de alvenaria, que tão certo deram, para prestigiar estes fabricantes de plástico.

  • Roberto Malvezzi

    Gente,
    Não temos explicação técnica, o governo e a empresa devem explicar. O fato é que ela implodiu.
    No texto original há outra foto, de outra cisterna, que aparentemente murchou.
    Não é a primeira tecnologia plástica que dá errado. O INCRA já usara outra técnica num assentamento em Sobradinho, Bahia, e ela “derreteu” também. A única que deu certo até agora foi a de placas, cimento, feita pela ASA, até porque, quando dá um problema, pode ser retocada. A de plástico há perda total.

  • Para os nordestinos aquele abraço, viver sustentável nem em sonho, talvez se criassem vergonha na cara aprenderiam a respeitar o próprio titulo de eleitor.
    Seria essencial que as escolas ensinassem disciplina e cidadania, ora ao em vez disso estão dançando na boca da garrafa. Se tivessem dignidade fiscalizavam
    seus próprios recursos, ou pelo menos teriam seus anseios realizados.

    Vê se pelo menos bebem água de qualidade, ora, se escapar dos agrotóxicos, esbarram nos esgotos.

  • Luiz Carlos Lopes

    A tecnologia dessas cisternas plásticas, permite que elas fiquem expostas à luz solar? Não há instruções para que as mesmas sejam enterradas? Pelo menos é a orientação dos fabricantes aqui no Rio de Janeiro.

Fechado para comentários.