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Ministério Público encomenda estudo sobre situação das famílias atingidas por Belo Monte

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará solicitou um estudo à Universidade Federal do Pará (UFPA) com o objetivo de apurar quantas pessoas terão que ser realocadas e indenizadas por causa da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Na primeira etapa, professores de engenharia da universidade vão fazer medições para determinar qual o tamanho da área do município de Altamira que vai ficar submersa na época da cheia.

Os especialistas já fizeram a marcação de pontos que ficam a 100 metros de altitude em relação ao nível do mar, que é o nível máximo das inundações em épocas de cheia, segundo o MPF. Depois, vai fazer um levantamento cadastral das famílias e mapear todos imóveis que estão abaixo desse nível.

“Todas as pessoas que estiverem abaixo do nível 100 tem que ser identificadas e registradas, com as benfeitorias que têm, a quantidade de pessoas da família, sua economia, sua produção, enfim, tudo para tentar acompanhar e fiscalizar a indenização que as pessoas vão receber por conta da desapropriação”, explicou o procurador da República Cláudio Terre do Amaral, em entrevista à Agência Brasil.

A referência para o trabalho dos especialistas é um marco implantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fica a 186,26 metros em relação ao nível do mar. A partir deste marco, os engenheiros da UFPA puderam determinar vários pontos em Altamira que estão abaixo da cota 100 e que poderão ser alagados após a construção da Usina de Belo Monte.

Reportagem de Sabrina Craide, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 20/10/2010

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