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Ambientalistas apresentam estudo com alternativas para a reciclagem do lixo em Cuiabá

Atualmente Cuiabá convive com um sério problema: a gestão do lixo. Se não bastassem as sérias deficiências apresentadas pela empresa Qualix que realiza a coleta e a destinação do lixo há também a situação precária do aterro sanitário, com área cada vez mais restrita para a disposição do lixo, levando inclusive o município a propor novas áreas para esta destinação final. Quando se pensa que a gestão da redução do lixo que poderia ser uma alternativa viável para a solução de tais problemas, através da coleta seletiva e da reciclagem, infelizmente, não se vê uma política pública consistente, apenas ações isoladas por parte de algumas cooperativas e associações que trabalham com a reciclagem.

Diante dessa situação, e com o objetivo de subsidiar o poder público para enfrentar tal problemática, os ambientalistas Eduardo Figueiredo e Roberto Naime elaboram um projeto de pesquisa sobre a viabilidade do potencial da reciclagem em Cuiabá, que publicamos em anexo.


Este trabalho realiza um diagnóstico da situação atual da reciclagem no aterro sanitário do município de Cuiabá e executa, a partir destes dados, uma avaliação do potencial de reciclagem dos resíduos sólidos urbanos domiciliares (RSUD).Tendo por base os dados do relatório de gestão de 2008 da cooperativa dos trabalhadores e produtores de materiais recicláveis de Mato Grosso Ltda (COOPEMAR), demonstram quais são os principais itens passíveis de reciclagem. Inicialmente é realizada a contextualização dos materiais recicláveis e depois uma exposição da situação do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos domiciliares em todo o Estado do Mato Grosso. O estudo exibe as condições de trabalho que a cooperativa encontra no aterro sanitário de Cuiabá. A seguir, são apresentados os dados obtidos com a compilação do relatório de gestão da cooperativa dos trabalhadores e produtores de materiais recicláveis de Mato Grosso.

Posteriormente, com base em informações obtidas no aterro sanitário e nas referências bibliográficas é realizada uma projeção do potencial de recicláveis do município em estudo. Finalizando, são feitas observações sobre inserção da questão dos resíduos sólidos no contexto do desenvolvimento sustentável e sobre a importância sócio-ambiental que a reciclagem representa para todos os atores envolvidos no processo e para a própria economia ambiental do mundo.

Eduardo Figueiredo Abreu é Analista Ambiental, ex-Secretário Adjunto de Meio Ambiente de Cuiabá, Mestrando em Ciências Ambientais

Roberto Naime é Doutor em Resíduos Sólidos, Professor Titular da FEEVALE, Coordenador do curso de mestrado e doutorado em qualidade ambiental, Novo Hamburgo, RS.

CLIQUE NO LINK ABAIXO E CONFIRA O DIAGNÓSTICO DOS AMBIENTALISTAS EDUARDO FIGUEIREDO E ROBERTO NAIME SOBRE A RECICLAGEM DO LIXO EM CUIABÁ
http://www.scribd.com/doc/34338857/PAGINA-DO-E-Avaliacao-Do-Potencial-Da-Reciclagem-Em-Cuiaba

Notícia do Blog do Enock, republicada pelo EcoDebate, 16/07/2010

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2 thoughts on “Ambientalistas apresentam estudo com alternativas para a reciclagem do lixo em Cuiabá

  • Realmente Cuiabá convive com um sério problema: a gestão do lixo, pois a produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta e em Cuiabá não é diferente. O lixo é o maior causador da degradação do meio ambiente e pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, pouco mais que 1 quilo de lixo por dia. Sendo assim, será inevitável o desenvolvimento de uma cultura de reciclagem, tendo em vista a escassez dos recursos naturais não renováveis e a falta de espaço para acondicionar tanto lixo. A Reciclagem é uma alternativa para amenizar o problema, porém, é necessário o engajamento da população para realizar esta ação. O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras e a mais simples é separar o lixo orgânico do inorgânico (lixo molhado/ lixo seco). Despertar para a Responsabilidade Socioambiental Individual e Coletiva é tarefa de todos…
    Também acredito que “com educação ambiental disseminando os conceitos de reduzir a geração de resíduos, reutilizar tudo que for possível e reciclar os materiais passíveis de nova industrialização, resolvemos parte do problema.

  • O LIXO VALE MUITO DINHEIRO!
    Por Lucelio Costa

    Ao visitar a França, em particular uma pequena vila ao redor de Paris, encontrei FONTENAY-AUX-ROSES, como todas as pequenas e grandes cidades da Europa, a limpeza é algo que de cara nos chama atenção.

    Como bom observador e ambientalista, fui saber que esta pequena “PETIT VILLE”, foi a primeira a reciclar o lixo da Europa e hoje serve de modelo para várias outras. Mas o que me chamou a atenção mesmo, foi saber que nesta pequena cidade, existe concorrência entre as empresas para comprar o lixo recolhido, ou melhor, elas pagam para retirarem o lixo, isto em uma concorrência pública, muito disputada. Logo, se uma ganha para retirar certos tipos de detritos, outra ganha para retira vidros, ou seja, em separados.

    Fica claro que existe uma conscientização total dos munícipes, que colabora integralmente para a reciclagem do lixo, os vidros, por exemplo, tem uma caixa coletora em quase todas as esquinas, frente aos supermercados enfim, onde é necessário ter. Esta caixa recebe as garrafas por um orifício e em seguidas são totalmente trituradas, ao completar-se, o caminhão da empresa vencedora para este tipo de “lixo” retira-o e, em seguida recoloca outro.

    Bem, em reunião com os LeVerts, (os verdes) na própria prefeitura (mairie), nos informaram que cada vez mais os custos com o lixo da vila lhes trazem lucros, e que, são os próprios moradores que ganham, baixam os valores dos impostos e com isso, a cidade se embeleza e a natureza agradece.

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