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Artigo

Namastê ‘prá’ você também, artigo de Américo Canhoto

SEGUNDO MEU AMIGO BUDA: OS ESTADOS DE VIDA SÃO BREVES MOMENTOS

[EcoDebate] “Bateu; levou!”. Somos pessoas ainda muito mais reativas do que proativas; nossa forma de sentir cada momento costuma ser uma resposta imediata e proporcional às ações externas positivas ou negativas que atuam sobre cada um de nós; além disso, como somos pessoas possessivas, também nos afeta tudo que atua sobre quem achamos que nos pertence; ou até sobre coisas materiais. Desse modo, em cada momento, cada um de nós vive uma condição fundamental que existe na vida de todos e que não é fixa – Especialmente nos dias de hoje, vamos do inferno ao paraíso (Estado de Buda) e vice versa em quase segundos.

Tenho um amigo que danou a engordar a olhos vistos e se espancando para ficar sentado na posição de lótus; alertei-o: Não vou te levar ao ortopedista, nem receitar remedinho homeopático prá luxação de quadril e de joelho – não! – trata de parar com isso – E, papo vai papo vem, descobri a razão; ele estava tentando seguir o budismo, tornar-se um Buda.

Duvido que ele consiga praticar os rituais budistas (acho mais fácil ele desenvolver TOC* de recitar mantras); pois, embora ele seja uma pessoa muito legal e capaz de vivenciar um Estado de Buda quase que permanente; ele sofre de um distúrbio chamado DDA** e até meio DDAH*** (tal e qual eu) – Mas, o fato é que ele ficou tão apaixonado pela pureza e simplicidade da filosofia de vida budista que não atentou para o real significado de tornar-se um Buda: iluminado – tanto faz que seja gordo, magro, branco, preto ou oriental, basta reformar-se na intimidade e praticar o bem sem cessar, sempre. Por experiência própria; pois somos DDAH tentei alertá-lo que sua mente inquieta não lhe permitirá seguir regras nem rotinas; mas, ele está decidido – talvez a prática budista possa representar a cura para seu distúrbio de atenção e hiperatividade – vou ficar na espreita…

Tanto ele falou sobre a filosofia de vida budista que busquei conhecer um pouco mais a respeito. Também me encantei.

E, até quero dividir com os amigos do bloog uma interessante e singela explicação budista para as diferentes formas de nos sentirmos no dia a dia, expressas no conceito ‘Os Dez Estados de Vida’: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranqüilidade, Alegria, Erudição, Absorção, Bodhisattva, Buda; que encontrei na singela filosofia de vida budista.

Mas, antes de comentarmos cada estado de vida que manifestamos no cotidiano; vamos fazer um mix filosófico: parar para pensar sobre o que seja um momento; segundo nossas complicadas cabeças ocidentais. Pois, a base desta forma de ver e viver a vida baseada neste tópico do budismo; restringe-se a ele: ao momento.

O que é um momento?
Para alguns é um espaço de tempo; para outros pode ser a experiência em andamento – O cientista diz que é algo definido segundo regras e padrões pré/estabelecidos – O místico sustenta que o momento é pura sensibilidade e emoção – O do povão diz que é uma coisa da “hora”.

Momentos podem ser medidos?
No calendário ou no relógio? – Qual a diferença entre um momento fração de segundo e um momento eternidade? – Há momentos grandes e momentos pequenos? – O momento pode ser uma ação ou é uma reação? – Cada um de nós vai responder a essas perguntas segundo a sua forma de perceber a vida neste exato momento. Cada qual irá interpretar o conceito segundo as experiências em andamento na sua vida – Momentos alegres passam mais depressa e, os tristes andam mais devagar? – Momentos podem ser analisados com lucidez ou de forma emocional? – Será que a análise mais correta depende dentre outras coisas: do estado atual de suas relações afetivas? – Outras interpretações podem ser predominantemente sensitivas ou até teóricas, etc. Talvez seja mais prático dizer que o momento é algo objetivo e subjetivo ao mesmo tempo, e que depende de sensações e da sua interpretação.

Mas, a coisa não é tão simples assim – Todo cuidado é pouco com as Leis da Vida – Exemplo: Para alguns teóricos da arte de viver, cada momento deve ser vivido de forma intensa como se fosse o último; sem dúvida é uma maneira forte e interessante de viver a vida, poderosa e ao mesmo tempo perigosa para quem é lerdo no pensar. Posta em prática com pouco discernimento pode gerar a ânsia, a ansiedade, a angústia e até a morte prematura.

Pensando bem será que existe um último momento para alguma coisa?

Aplicando a forma oriental de ver a vida:
O mais provável é que nossa vida seja uma carreira de momentos. Uma experiência depois da outra; todos os momentos passam; mas, também todos os momentos ficam. Estarão os momentos conectados em rede tal e qual passado, presente e futuro?

Mixando com a forma ocidental de ver e sentir a vida:
Para ir de um ao outro, basta clicar nele com o mouse da consciência? E os que já se foram? E os que ainda são projetos? Para onde todos eles vão? Será que há um lugar onde se reúnem os momentos que já se foram? A passagem deles significa apenas que saíram do foco da consciência ou realidade e caíram num lugar chamado ilusão? Será que continuam entrelaçados uns aos outros nas dobras do tempo? – Apenas dá para perceber que: alguns ficam na lembrança. E que: Algumas são boas lembranças. Outras são sofridas lembranças. No entanto: você pode reter apenas a que desejar. É seu direito, use-o. Curte mais as boas lembranças ou adora posar de vítima na vitrine das sofridas? Lembranças não existem? Já existiram é verdade. Epa! – Momentos podem ser deletados? – Será mesmo que não existem mais? – Lógico que não é possível deletar nossos registros – Mas, que alguns podem ir para a lixeira; isso é recomendável.

Muitos outros focos podem ser mixados; mas, para não entediar os amigos vamos focar a interatividade e as emoções: Há os momentos íntimos e os momentos coletivos. A solidão é um momento de intimidade que pode ser voluntário ou compulsório. Momentos coletivos são compartilhados; e também podem ser voluntários ou compulsórios.

Momentos também podem ser sentidos como emoções: Há os de raiva, os de medo, de alegria, de prazer, os de egoísmo e os de solidariedade. Cada um deles tem a sua própria beleza e podemos repetir sempre os que mais gostamos – Será? – Quer aproveitar bem cada momento? – Concentre-se apenas nele – Sinta-o – Torne-se nesse momento um Buda: o que estiver fazendo durante esse momento, faça-o com amor e bem feito, pois, ele sempre retorna, eternamente, de forma compulsória ou quando o buscamos de forma voluntária com o foco da consciência…

Minha praia de atividade profissional:
Momentos mal resolvidos deixam cicatrizes, doenças, distúrbios, desamor, agressões que não serão curadas com remédios – Algo do tipo: Momentos de raiva contida irão gerar gastrite; que não será resolvida com “omeprazol e concorrentes”; apenas com o antídoto: alegria, riso, tolerância, paciência. Momentos de baixa auto – estima que detonam com a tireóide; não serão resolvidos com a simples ingestão de remédios, etc.

Segundo a visão budista é preciso aprender a viver bem – Mas, o que é viver bem? – O que é viver mal? – Viver bem é estar alegre e feliz? – Veja bem: estar feliz, e não, ser feliz. – Num momento você está. – Neste exato momento estás alegre ou triste? – E daqui a um minuto? – Às vezes, basta apenas um minuto para sairmos da sensação de tristeza profunda (estado de inferno) para a de alegria ou de um sorriso, um gesto, um olhar (estado de Buda)…

Confesso que fiquei preocupado com meu estado evolutivo ao tomar conhecimento do estilo de vida budista. Ao colocar em ação minha visão judaico-cristã da vida; eu me senti a mais ínfima das criaturas; quase fui para o estado permanente de inferno; quase bati a porta e joguei a chave fora – Credo, disse com meus botões: eu vou precisar de uma extensa e radical cirurgia moral para sair do primeiro estágio e vou morrer de choque anafilático (culpa) – pensei comigo – Sou um caso sem solução; mas durante a leitura e reflexões fui reformando minhas concepções. Pois, a forma oriental de ler a vida é mais simples e flexível do que a nossa.

Vamos aos “Dez Estados de Vida”:

1) – Estado de Inferno. É o fundo do poço; o buracão; o não tem mais jeito; estilo noticiário das sete – É uma condição de agonia, ansiedade, medo e sofrimento constante em que não temos mais forças para influenciar nossas circunstâncias de vida nem esperança com relação ao futuro. Não podemos fazer nada que gostaríamos de fazer, nem mesmo gritar para desabafar nossas angústias. Esse incontrolável e inextinguível sofrimento caracteriza o estado de inferno em que habitamos; e que, atinge o clímax na depressão profunda, na angústia, psicose, esquizofrenia; e que culmina no suicídio ativo – ou pior, no passivo (na morte lenta causada pelas doenças crônicas: obesidade, diabetes, hipertensão, alergias, as ites da vida; mas especialmente nas auto-imunes (tireoidites, artrites, artroses, etc.) – Nessa condição de vida pessoal: não conseguimos atingir quase nada dos padrões de sucesso ditados pela mídia. A maioria de nós passa a maior parte do tempo nesse estado de Umbral alimentado pela preguiça de pensar, inveja, intolerância, impaciência, medo, etc. Equivale a um moderno Estado de Neurose.

2) – Estado de fome. – Caracteriza-se pela obsessão de realizar os desejos e pela incapacidade de satisfazê-los – nem sempre ou quase nunca próprios. Nessa pobreza existencial somos controlados e dominados por nossos desejos insaciáveis e pela frustração; somos infelizes e impedidos de nos desenvolver e prosperar pela educação, instituições, Estado e corporações. É um estado prolongado vivido pelas pessoas que entraram de cabeça no estilo de vida consumista. A marca registrada desse estado de sentir-se é a ganância; que recebe a ajuda do estado de cupidez, e da insatisfação negativa. Essa forma de sentir, sempre nos leva em seguida ao Estado de Inferno num infernal processo de simbiose.

3) – Estado de animalidade. – Nossos instintos são os condutores. Agimos impulsivamente sem razão e sem valores éticos e morais para nos balizar. O critério de nossas ações é levar vantagem em tudo, atropelando os mais fracos e vulneráveis e puxando o saco dos mais fortes. Nessa condição, não há condição da razão se manifestar e somos conduzidos pelo medo, mentira e pela covardia. Abrimos mão da esperança de nos tornarmos Buda a maior parte do tempo, através de concursos que servem de álibi e abusamos das desculpas e justificativas: conceito de normalidade e de direitos adquiridos de forma nem sempre lícita e até espúria.

Os estados de inferno, fome e animalidade formam os “Três Maus Caminhos”, porque são estados de sofrimento.

4) – Estado de Ira. Nesta fase, nós temos relativa consciência de nossos atos; embora de forma distorcida e anestesiada pela legalidade imposta aos outros pelo poder montado segundo os interesses do ego pessoal, familiar, partidário e corporativista. Esse é um estado de vida perigoso para a nossa paz e a dos outros; pois podemos matar idéias, ideais, oportunidades e até a vida; para preservar nossos pontos de vista sobre o que é certo ou errado. Nessa condição, nós não temos controle sobre nossas atitudes; pois somos dominados pelos desejos. Quando vivenciamos esse estado procuramos nos blindar contra a aplicação da Lei Universal, pois nos preocupamos única e exclusivamente com nossos interesses de poder, com nossos próprios benefícios, pouco nos importando com os demais ou com seu ponto de vista e necessidades. Somos dominados pelo egocentrismo de sermos superiores em nossas mediocridades derrubando outras pessoas, espoliando recursos coletivos. Esse é um dos estados mais perigosos, pois sempre nos leva ao estado quase permanente de inferno. Pouco ou quase nada do que é legal é ético; em virtude de não atentamos para nossa participação nesse distúrbio na aplicação da Lei, nos candidatamos á Penitenciária do Estado de Inferno em locais ainda não imaginados pela maioria dos normais.

5) – Estado de tranqüilidade. Esta é uma condição em que nós podemos controlar temporariamente impulsos e desejos com o raciocínio crítico. Assim passamos a ter uma vida tranqüila e em harmonia com o ambiente, que inclui as pessoas e tudo que está ao nosso redor. Esse é um estágio ecologicamente correto atingido pelos ecochatos.
Quase sempre esse estado de nos sentirmos é um oásis que fizemos por merecer após uma breve ou longa estada no inferno da consciência recente ou muito antiga.

Nesse estado de nos sentirmos, as energias da vida estão sob relativo controle; pois, pela instabilidade nós podemos de forma fácil e rápida cair para um dos três ou quatro estados iniciais ou “maus caminhos”. Lembram do adágio popular: “sou muito bom e tranqüilo; desde que não pisem no meu pé”. Nessa fase, o perigo são as drogas evolutivas: desculpas e justificativas – e as drogas físicas: anestésicos, analgésicos, antitérmicos, antibióticos, antidepressivos, etc. Quando o Estado de Tranqüilidade é artificial as recaídas são cada vez mais rápidas, intensas nos levando ao nosso devido lugar: Estado de Inferno: doenças, sofrer, depressão, angústia, medo, ansiedade. O que não nos impede de dar uma viajada no estado de Buda: drogas que nos levam de volta ao Inferno a jato (álcool, açúcar, farinha de trigo, maconha, cigarro, cocaína, remédios, etc.); mas; mesmo que por breves segundos; podemos experimentar a indescritível sensação das drogas divinas: ajudar, amparar, socorrer, fazer rir, divertir, abraçar, beijar, dar atenção, e até, sofrer junto…

6) – Estado de Alegria. Quando nossas expectativas e desejos se realizam vivemos uma situação de contentamento de curta duração. Especialmente em dias agitados como os atuais, parecemos com as pessoas bipolares: vamos da gargalhada ao choro em segundos; basta que sejamos contrariados. Na atualidade é preciso cuidado até com a alegria; pois pode se transformar em euforia e em seguida estamos em depressão (estado de inferno).

Esses seis primeiros estágios de vida compõem os “Seis Maus Caminhos”- Nessa fase somos arrastados quase que apenas pelas ocorrências externas, não tendo autocontrole sobre os acontecimentos.
Os quatro estados seguintes formam os “Quatro Nobres Caminhos”, pois são condições adquiridas através do conhecimento e prática.

7) – Estado de Erudição. É o estado de quem busca manter uma condição duradoura de contentamento através da atitude de conhecer-se para reformar o que não estiver de conformidade com as Leis. Quem já permanece mais tempo nessa fase são as pessoas simples que já atingiram um razoável equilíbrio entre as Inteligências: Cognitiva, Emocional; Afetiva, Religiosa, Social, Política, Comportamental, Sexual, Profissional, Musical e até de Torcedor de time de futebol (alguns só levam as pessoas para o Estado de Inferno).

Essa conquista é baseada no conhecimento de seus Mestres e da própria experiência de quem já vivencia essa situação; e que se esforça para manter abertos os canais da busca e da flexibilidade de idéias; abandona dogmas e começa a desenvolver suas várias inteligências para progredir sempre; pois isso é Lei.

Na Doutrina Espírita há uma colocação que parece oriental: simples e profunda. “Espíritas, amai-vos e instruí-vos” (Espírito da Verdade).

8) – Estado de Absorção. Quando o véu da ignorância começa a ser descerrado a pessoa principia a descoberta da realidade ou Verdade Pura e Simples – através do estudo dos acontecimentos naturais (observação da natureza e dos acontecimentos do dia a dia) começamos a separar o real do imaginário, as verdades humanas (ciência e religião) da realidade ou Verdade Natural.
Os estados de erudição e absorção compõem os “Dois Veículos” que nos libertam passo a passo – O perigo é usar esse estado de vida apenas em benefício próprio – a avareza no saber nos conduz facilmente ao estado de inferno. É preciso cuidado com o uso de absorventes tecnológicos…

9) – Estado de Bodhisattva. Dividir o conhecimento e manter uma preocupação constante com a felicidade das outras pessoas e com a harmonia ecológica é marca registrada das pessoas que já atingiram esse estado.
A filosofia budista faz questão de não haver confusão entre essa benevolência, e a caridade e a compaixão. Para eles, o significado real de benevolência: “retirar o sofrimento e dar felicidade” – A caridade e a compaixão podem aliviar; mas, não retirar o sofrimento, e, não conseguem oferecer a felicidade (Sic – o que eles acham ser possível através de recitamentos, rituais e mantras).

Nesse ponto sou obrigado a discordar; felicidade é um estado de conquista; não pode ser doada, comprada, transferida; apenas compartilhada.

Traduzindo para a forma judaica – cristã de perceber: “Viver num permanente estado de oração” ao executar toda e qualquer atividade do dia a dia. Recitar mantras é muito útil; tal e qual as rezas que funcionam como lavagem cerebral – O que é melhor e funciona mais os mantras orientais ou as rezas ocidentais – Sem dúvida os mantras orientais – sem nos alongarmos em considerações; façamos uma analogia entre exercícios de academias e atividades físicas ocidentais e práticas de atividades físicas orientais (Yoga, Tai-chi, Tae-kendo, etc.) o diferencial na qualidade de vida e na saúde física, mental e até espiritual é imenso – Nada a ver na parte espiritual? – Tudo a ver…

A característica maior do estado de Bodhisattva é a busca constante do estado de Buda, e ao mesmo tempo ensinar esse caminho para que as pessoas tornem-se capazes de manifestar a força inerente á vida para conquistar a felicidade absoluta.
Particularmente, a cada dia que passa, acho mais perigoso bancar o guru; quem se encontra nesse estágio deve apenas continuar sempre sua própria busca; sem a meta de tornar-se um guia. Além do mais, segundo a própria filosofia de vida budista tudo é transitório e efêmero em nossas vidas – como disse Jesus: “A felicidade plena ainda não é deste mundo”; e a lei de causa e efeito é irrevogável.

10) – Estado de Buda. Compreender a essência de sua vida (autoconhecimento e reforma íntima) e praticar constantemente a benevolência, minuto a minuto; além de conhecer e praticar a Lei de Causa e Efeito é a essência do Estado de Buda.
Quando temos certeza que hoje é o ontem de retorno e que o amanhã está sendo construído hoje; desse ponto em diante, o controle sobre nosso destino fica mais fácil. Tudo é efêmero e transitório; daí devemos ser Buda na maior parte do tempo possível, até que o sejamos com naturalidade; até que faça parte de nós sem exigir esforço.

Nossos comentários.

Na minha condição de DDAH; e claro que isso repercute na minha Inteligência Espiritual, a filosofia de vida budista acrescentou alguns itens e reforçou alguns pontos positivos e outros negativos, com ampla margem de lucro; pois “sempre há males que vem para bem” e “Tudo passa”.

Claro que tenho meus rituais meio TOC; pois, eu preciso curtir meu Estado de Inferno diário para me elevar ao Estado de Buda; meu lado Bodhisattva (escolha de atividade na profissão, palestras, livros, escritos) é o que está a merecer mais reparos.

Pontos positivos para a filosofia de vida budista:
Não ficar pedindo perdão a Deus e repetindo os mesmos e milenares erros.
Não pedir ajuda de intermediários: mentores, santos, anjos – apenas tentar seguir seus passos.
Deixar a Lei do Livre Arbítrio nas entrelinhas da Lei de Causa e Efeito.
Muitos outros pontos positivos podem ser assinalados; mas, por hora bastam esses três para acharmos a chave do Estado de Inferno que jogamos fora; e procurar manter a porta aberta, para o incansável ir e vir, neste mundo de dualidades e seus estados intermediários.

NAMASTÊ!

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 09/11/2009

Notas:
* TOC : Transtorno Obsessivo Compulsivo
** DDA: Distúrbio de Déficit de Atenção
*** DDAH: Desordem por Défice de Atenção com Hiperactividade

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