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Artigo

Matar a galinha e quebrar o ovo só para comer um omelete? ‘Eta’ omelete caro… artigo de Américo Canhoto

Somos especialistas em trocar causas por efeitos. Lógico que todas as pesquisas científicas tenham por objetivo principal vender produtos ou remédios para liquidar doenças; mas, é preciso ir devagar para não usar todos os ovos num único, omelete; e, muito menos, matar a “galinha dos ovos de ouro” (nosso corpo físico) no galinheiro da evolução a troco de matar um dos seus incontáveis piolhos; no caso o vírus XMRV.

Analisando mais uma das notícias do mundo científico; uma delas publicada em 09/10/2009 no Portal EcoDebate, me chamou a atenção e, reacendeu uma eterna dúvida entre meus dois neurônios oficiais, o tico e o teco, que vivem disputando essas dúvidas no par ou ímpar: Quem veio primeiro o ovo ou a galinha?

No caso, será que os agentes externos, no caso um vírus são realmente os causadores de determinados distúrbios ou aproveitam-se das condições para marcar território?

Vamos à notícia:

Estudo vincula vírus XMRV à fadiga crônica em seres humanos

O vírus, fotografado na corrente sanguínea de um portador da síndrome da fadiga crônica. Foto: Whittemore Peterson Institute/The National Cancer Institute (NCI)

Descoberta sugere que um coquetel de drogas poderia ser testado contra a doença, que atinge milhões
Um vírus ligado ao câncer de próstata também parece desempenhar um papel na síndrome de fadiga crônica, de acordo com uma pesquisa [Detection of an Infectious Retrovirus, XMRV, in Blood Cells of Patients with Chronic Fatigue Syndrome] que poderá levar á primeira droga contra o misterioso distúrbio que atinge 17 milhões de pessoas em todo o mundo.

Pesquisadores encontraram o vírus, conhecido como XMRV, no sangue de 68 de 101 pacientes de fadiga crônica. O mesmo vírus apareceu em apenas 8 de 218 pessoas saudáveis, informa os cientistas na revista Science. Reportagem da Agencia Reuters, com informações complementares do EcoDebate.

Judy Mikovits, do Insituto Whittemore Peterson, e colegas do Instituto Nacional do Câncer dos EUA e da Clínica Cleveland enfatizam o fato de que a descoberta só mostra um elo entre o vírus e a síndrome, e não chega a provar que o vírus é a causa da doença.

Muitos outros estudos serão necessários para mostrar uma ligação de causa e efeito, mas Judy disse que o estudo oferece a esperança de que os portadores da síndrome possam obter alívio a partir de um coquetel de drogas.

“É possível imaginar várias combinações de terapia que poderiam ser muito eficientes e poderiam, pelo menos, já entrar em testes clínicos”, disse ela.

Ela disse que drogas usadas contra a aids, anti-inflamatórios não-esteroides e drogas usadas contra o câncer poderiam ser testadas como um possível tratamento.

A síndrome afeta o sistema imunológico e causa uma fadiga que incapacita a vítima, diz o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano. Os pacientes também podem experimentar perda de memória e concentração, dores musculares e nas juntas, dores de cabeça, inchaço dos nódulos linfáticos e garganta inflamada. O XMRV é um retrovírus, como o HIV, causador da Aids.

Detection of an Infectious Retrovirus, XMRV, in Blood Cells of Patients with Chronic Fatigue Syndrome
Vincent C. Lombardi, Francis W. Ruscetti, Jaydip Das Gupta, Max A. Pfost, Kathryn S. Hagen, Daniel L. Peterson, Sandra K. Ruscetti, Rachel K. Bagni, Cari Petrow-Sadowski, Bert Gold, Michael Dean, Robert H. Silverman, and Judy A. Mikovits
Published online 8 October 2009 [DOI: 10.1126/science.1179052] (in Science Express Reports)

* Reportagem da Agencia Reuters, publicada no Estadao.com.br

EcoDebate, 09/10/2009

A síndrome do “eu não agüento mais” é bem mais complexa.

MEU DEUS! – NÃO AGÜENTO MAIS…

Cheguei ao final do ano muito cansado – será o excesso de trabalho? O trânsito caótico? A luta para manter o emprego? A energia humana anda escassa? Parece que sim: VEJA quantas pessoas (homens, mulheres e simpatizantes) se arrastam para levar adiante um simples dia após o outro, muitos, dopam-se com remédios estimulantes para “pegar no tranco” ou tomam baldes de café ou de bebidas á base de cafeína e outros bagulhos do gênero – aceleram a mente e as células, atropelam a si mesmas a Deus e o mundo e, depois, á noite após atacarem a geladeira, na inútil e sem sentido, tentativa de dominar a ansiedade e o medo, drogam-se para pegar no sono e dar a dormida dos justos – dormir que nem um anjinho – nunca mais. OUÇA, não agüento!

Chega! Socorro Meu Deus! PENSE, a visão de mundo que, nos foi posta coloca os fenômenos normais contra os paranormais; inutilmente; pois quantas coisas novas parecem não ter nada a ver uma com a outra; mas, misturadas com as antigas tem tudo a ver; por exemplo: “um simples olhar é capaz de fulminar um desejo, uma intenção nossa e, até de, alterar a estrutura da matéria”. “Cuidado com seus desejos e anseios; pois eles podem se transformar em realidade” – esses paradigmas que antes pareciam coisa de mágica ou sobrenatural, no presente têm explicações bem simples e claras através da física quântica; que até pouco tempo soava a coisa de visionários, algo de compreensão muito difícil. Mesmo para nós simples pessoas bem comuns, observemos quantos tipos de energia influenciam nossa vida: Energias celestes. Calor. Vento. Frio. Secura. Umidade. Energia terrestre (telúrica). Energia Fonte. Energia Nutritiva. Energia de defesa. Energias perversas (princípios da milenar medicina chinesa). Mas, e daí? Como posso gerar energia para não me sentir tão esgotado? Matando o vírus XRMV; mas eu nem tenho próstata? – Não há geração de energia, apenas: transformação, dizem os modernos físicos. Mas, e até onde e como tudo isso pode nos afetar? Qual a relação entre meu cansaço e esses conceitos sobre energias? PENSOU BEM? – ATÉ ONTEM, o homem encontrou na magia a maneira mais próxima de se relacionar e de se favorecer da realidade a respeito da energética vital; mas, métodos e rituais são complicados, chatos – a idéia é essa mesma, pois foram bolados por mentes que querem nos dominar explorando nossa milenar preguiça de pensar; o que, levou algumas pessoas mais libertas e de mente mais ativa, a pararem para pensar; mesmo que, de forma instintiva; não importa. Tudo caminha mais ou menos conforme o previsto. Mas, nem tudo está perdido, pois graças ás experiências de muitos cientistas que se aventuraram a desvendar o sobrenatural cresce sem parar o contato do homem comum com as verdades a respeito da energia, e sua influência na vida, sem paradoxos místicos – para iniciar recomendo o filme “Quem somos nós”.

Lembram da escassez de energia que ameaçou travar a vida das pessoas e a economia? O apagão da energia elétrica: nem lâmpada, tv, rádio, forno de microondas, internet, chuveiro quente, diversão eletrônica, etc. Lembram? Foi quase que a morte para os consumistas que dependem da modernidade para que um dia voltem a ser…, simples.

Uma situação de tecnologia capaz de conduzir muitas pessoas descuidadas à depressão, angústia ou pânico. Seres mortos em vida…, eletrônica; apenas por verem-se tolhidos de usufruir da modernidade tecnológica, mesmo que por breves instantes. Essa falta de planejamento dos responsáveis pela política da “energia elétrica” foi “carinhosamente” chamada de “apagão” pela mídia. Uma “elétrica brincadeira administrativa” que custou caro a todo mundo, seja em termos de estresse de racionamento ou o medo de um colapso: Vou ficar no escuro! Estou de volta à idade da pedra! Não vou mais poder assistir televisão! Todo mundo, cada um do seu jeito ficou muito bravo, com medo e revoltado; da mesma forma pessoal, cada um reagiu a seu modo: a maioria xingou os ir/responsáveis pela política energética do “País” naquela ocasião, outros até, puseram a culpa no coitado do São Pedro que não mandou a chuva necessária.

Trazendo esse fato para o planejamento íntimo, nós ainda vivemos em descuido e, movidos por interesses de obter vantagens, sempre as mais imediatas possíveis; isso nos leva a, nos drogarmos de forma legal (medicina, por exemplo) ou ilegal, o que além de perdermos a conexão interna nos conduz á perda da sintonia com os reservatórios de energia vital. Olha ai o reflexo da incompetência política do setor energético, espelhada em nós mesmos! A falta de planejamento e de gerenciamento da nossa vida fez com que os gastos de energia vital aumentassem em progressão geométrica e os cuidados com os reservatórios e com a melhor forma de manejá-los foram dispensados (tal e qual na política dos governantes com relação à energia elétrica). A sensação de esgotamento da energia vital é coletiva. Alguns estão realmente apagando e, somos obrigados a racionar, até na iminência de um colapso.

Um sem número de pessoas está “travando”, “patinando” sem sair do lugar – nos drogamos cada vez mais (e os ilustres cientistas aventam a possibilidade de um coquetel de drogas para matar o coitado do vírus – piolho) – tentamos continuar acelerando e afundamos, nos atolamos em nossos próprios desejos ou nos dos outros. Não conseguimos acabar o que já está começado nem iniciar nada novo; e, sem que tenha havido nenhuma extravagância nenhuma noitada, nada fora do “normal”; apenas continuamos dentro do “estilo de vida” básico; tudo continua na velha rotina, e mesmo assim, há dias em que nós acordamos com a sensação de uma ressaca daquelas. Parece que andamos na gandaia a noite toda, ou melhor, estivemos várias noites seguidas na farra. Ressaca total. Física e moral: extenuados e com uma sensação de culpa inexplicável. A sensação que predomina, é a de que não daremos mais conta do recado e de que nada mais vale a pena. O pior é não achar resposta para isso: correr feito doido. Tanta coisa prá quê? Sob o peso dessa sensação até chegamos a Imaginar que a qualquer momento vamos morrer; boa hora para questionar a tal de morte; pois o que sentimos de verdade, de realidade ou vida, é que chegamos ao limite de nossas forças, estamos no fim da picada; será que isso, é que significa vivo ou morto – Viver é levar a vida do jeito que está: na correria? E morrer será não dar conta? Se para você, isso, já começou: não se assuste meu amigo, essa sensação não é um privilégio seu; pois bilhões de pessoas estão se sentindo no fim da picada.

O que fazer?

O primeiro impulso é o de acreditarmos na idéia que tentam nos vender: Você está precisando de vitaminas! E outras panacéias do tipo.

Estamos perdendo contato com a realidade da vida e, isso, nos assusta e aflige, adoece e mata em vida; pois na nossa pobre cabeça há uma enorme confusão entre cansaço físico, neurastenia, esgotamento mental, emocional, falta de motivação para a vida, lidar mal com a frustração, depressão, pânico, angústia existencial, estresse agudo, estresse crônico. É necessário e urgente diferenciar uma coisa da outra. Analisar uma de cada vez para depois juntar tudo, é mais prático e eficaz.

Ufa! Cansei!

De forma bem resumida, algumas causas da falta de energia vital: Estresse crônico.

Tentar não ficar para trás ou viver sempre na frente dos outros consome uma grande quantidade de energia vital. Viver segundo os preceitos e as leis da neurose não é fácil; não é para qualquer um não.

Consumo de alimentos mortos.
Apenas parte da energia vital que absorvemos vem dos alimentos vivos. Experiências mostram que tudo que é colhido, arrancado e abatido, 3 dias depois não tem mais nada de energia vital. Além disso, ao consumirmos alimentos industrializados gastamos mais energia do que recebemos.

Em se tratando até de cansaço crônico uma das mais nefastas invenções já feitas foi a geladeira; que nos permite a conservação de cadáveres.

Respiração inadequada.
Uma grande parte da energia que retiramos e absorvemos da natureza nos chega através da respiração. A respiração correta se faz inspirando pelo nariz preenchendo os pulmões com a ajuda do abdome, retendo o ar o máximo possível e expirando pela boca. Inspirou a barriga estufa, expirou a barriga murcha – hoje, fazemos ao contrário.

Causas de respiração incorreta:
• Doenças de vias aéreas superiores: rinite, sinusite e aumento das adenóides. A maior parte dessas doenças decorre de problemas alérgicos cuja instalação obedece à soma de exposição continuada a vários estímulos alérgicos: inalantes ou tudo que respiramos como odores, poeiras, fungos, ácaros, fumaças, poluição. Mudanças de temperatura: gelado, ventilador, ar condicionado, mudanças climáticas. Ingestão de medicamentos. E determinados alimentos. Ingestão de aditivos químicos usados na alimentação industrializada, agrotóxicos.
• Doenças pulmonares: asma, bronquite, enfisema pulmonar.
• A ansiedade doentia que leva o indivíduo a automatizar uma respiração superficial e só usando o diafragma.

Isolamento da terra.

O planeta é um grande magneto do qual fazemos parte. Dele provem a, energia que forma nosso corpo físico e os corpos extra/físicos. Interagimos o tempo todo com a energia que emana da terra. O uso de materiais isolantes no revestimento das ruas e das casas de certa forma dificulta que o fluxo de energia telúrica nos abasteça e nos revitalize numa troca permanente. Para piorar as coisas, quase que o tempo todo, nós nos isolamos da terra, evitando o contato com ela ficando em cima de calçados de sola de borracha ou de plástico; a criança instintivamente tenta permanecer descalça o mais possível; mas, o adulto a impede usando os mais variados motivos culturais e sociais. Personalidades múltiplas: hipocrisia.

Um dos desastres que cometemos com a criança é ensiná-la a esconder dos outros as tendências, impulsos, compulsões, a personalidade inata. Além dos muitos outros problemas que a hipocrisia traz um dos mais importantes é o consumo absurdo e desnecessário de energia vital. Tentar esconder dos outros, quem somos nós; o que pensamos e sentimos custa muito caro quando se trata de administrar as energias da vida. Tentando parecer o que não somos, nós nos desgastamos cada vez mais e, perdemos além, de energia vital: precioso tempo e oportunidades de mudanças que podem demorar um pouco a retornar. Mantemos em média cinco ou seis personalidades. Na vida em família, no trabalho ou na escola, na relação com os amigos, na relação com os desconhecidos, na vida religiosa, na relação afetiva. Para piorar mentimos de forma descarada ao teimarmos em viver de ilusões como se fossem a realidade. Nesse caso o problema é maior ainda. As mais esgotadas são aquelas que mentem mais do que as outras; pois manter-se em alerta o tempo todo para não ser descoberto pelas outras pessoas custa uma fortuna em termos de energia vital e em razão disso em qualidade de vida.

Conflitos emocionais.
No estilo neurótico de viver os conflitos íntimos e de relacionamento são inevitáveis. Aprender a bem administrá-los é uma condição necessária a uma vida mais saudável, feliz e longa. Há dois tipos básicos de conflitos: íntimos e os com o meio em que o individuo vive (pessoas, cultura, educação, valores sociais). Os que acontecem na intimidade têm origem na desarmonia entre instintos, razão e emoção.

Ao longo do tempo criamos verdadeiros nós difíceis de desatar: vícios. Todos levam à perda da energia vital. As lutas que dia menos dia somos obrigados a fazer para eliminar tendências, impulsos e compulsões levam á perda de energia vital.
Vampiros da vitalidade alheia.

Muitas pessoas descobriram sem perceber que é mais fácil roubar energia vital dos outros do que captar da natureza e estão por toda parte: no lar, na escola, no trabalho, na rua. Identificá-los é muito fácil, basta prestar atenção na energia vital própria.

Entretenimentos.
Os estímulos mentais, emocionais geradores de medo, ansiedade e angústia dominaram a indústria que vive de ou para entreter as pessoas. O corpo físico foi relegado a um mero expectador e sofrendo as reações de mentes infantis e primárias misturados a descontroles emocionais; o resultado não poderia ser mais catastrófico e seletivo. Sabe quanto custa no dia seguinte, em termos de cansaço e perda de energia vital, um estresse gerado por assistir um noticiário, um filme, uma novela ou jogar um game? Some isso, a, vários dias, meses, anos. A contabilidade pela sua importância e atualidade já está colocada em todos os nossos livros que já foram publicados.

Masturbação.
Conforme colocamos no livro “Saúde ou doença: a escolha é sua”, o hábito cada vez mais arraigado do sexo solitário, leva a um desgaste energético considerável. Na tentativa de descarregar as tensões do dia a dia, jogamos fora uma das mais importantes energias alimentadoras da vida na terceira dimensão: a energia liberada durante o ato sexual onde a intenção básica deve ser a de satisfazer as necessidades do outro dentro das leis do amor, nada mais nem, além disso.

Consumo de água morta; plastificada.
Vida é movimento, estagnação é morte. Na impossibilidade de bebermos água corrente, é possível reviver a água através da agitação ou da transferência de um copo a outro como se estivéssemos resfriando um líquido – A energia liberada pela oração é capaz de transformar a água no remédio dos remédios.

Cansei, a mim e a você. Ainda acha que matar o coitado do vírus com um coquetel de drogas potentes é a solução para nosso cansaço? – Concorda? Discorda? Muito pelo contrário?
Tem dúvida sobre o que fazer?
Eu também.
Manifeste-se.
Até mais

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 20/10/2009

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