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Mapa do IBGE mostra onde estão animais aquáticos ameaçados de extinção

O cação-bico-doce (Galeorhinus galeus) é um dos tubarões ameaçados de extinção. Na foto, pesca no Rio Grande do Sul, em junho de 1980, quando ainda havia abundância das espécies
O cação-bico-doce (Galeorhinus galeus) é um dos tubarões ameaçados de extinção. Na foto, pesca no Rio Grande do Sul, em junho de 1980, quando ainda havia abundância das espécies

*Existem atualmente no país 238 espécies e subespécies de peixes e invertebrados aquáticos ameaçados de extinção. Entre elas, 41 apresentam estado mais crítico, como o marisco do junco, o ouriço do mar irregular, o cação-bico-doce e o surubim.*

Mapa do IBGE mostra onde estão os 238 peixes e invertebrados aquáticos ameaçados de extinção – Encerrando o projeto de divulgação dos mapas da fauna brasileira ameaçada de extinção, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lança um mapa que localiza pela primeira vez, no território nacional, as 238 espécies e subespécies de invertebrados aquáticos e peixes que correm risco de desaparecer, segundo a Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), publicada em 2004.

Apresentado na escala de 1:5.000.000 (em que 1 cm corresponde a 50 km de território), o mapa “Fauna Ameaçada de Extinção: Invertebrados Aquáticos e Peixes – 2009” pode ser adquirido por R$ 15 nas livrarias do IBGE em todo o país e também na loja virtual do instituto, pelo site www.ibge.gov.br, onde é possível ainda acessar e baixar o mapa gratuitamente, tanto por meio do link “Mapas”, na seção “Canais”, como na área destinada a “Geociências”.

O mapa de invertebrados aquáticos e peixes ameaçados completa a série iniciada pelo IBGE em 2006 e que inclui um mapa específico para as aves; outro para mamíferos, répteis e anfíbios; e um mapa de insetos e outros invertebrados terrestres, totalizando 632 espécies de animais que podem entrar em extinção caso nada seja feito para preservá-las.

Das 238 espécies e subespécies ameaçadas que o mapa mostra, 79 são invertebrados aquáticos – como estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, anêmonas-do-mar – e 159 são peixes de água doce e salgada – a exemplo de alguns tubarões, cações, raias, peixes-serra, pacus, barrigudinhos, vermelhos, bagres, cascudos e lambaris. Esses animais foram catalogados pelo Ibama pela primeira vez em 2004, e o maior número deles ocorre nos estados de São Paulo (86), Rio de Janeiro (76), Rio Grande do Sul (55), Bahia (51) e Paraná (43). Dentre as espécies relacionadas no mapa, 41 (6 invertebrados aquáticos e 35 peixes) se encontram em estado mais crítico de perigo de extinção. É o caso do marisco-do-junco, do ouriço-do-mar-irregular, do cação-bico-doce e do surubim, entre outros.

Os invertebrados aquáticos são pouco conhecidos e estudados; muitos deles vivem no fundo do mar e não se locomovem, por isso são difíceis de serem vistos no dia-a-dia, e alguns não possuem sequer um nome popular. Já os peixes são mais conhecidos e estudados e se encontram em número maior. A destruição dos habitats naturais é um dos principais fatores que aceleram o processo de extinção desses animais, ao lado de outros, como a poluição das águas, a sobrepesca, a pesca esportiva, o comércio de peixes ornamentais etc.

O mapa de invertebrados aquáticos e peixes ameaçadosé ilustrado com desenhos dos animais e fornece, como pano de fundo, informações sobre vegetação primitiva, área antropizada (modificada pelo homem) e delimitação dos biomas. Na legenda estão os nomes das classes, ordens e famílias a que pertencem as espécies, bem como seus nomes científicos e populares, categorias de ameaça (criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) e distribuição geográfica.

Os estudos sobre a fauna ameaçada de extinção vêm sendo realizados pelo IBGE desde o fim dos anos 1980, fundamentalmente com base nas listas do Ibama e complementados por informações levantadas em diferentes instituições de pesquisas e na literatura especializada. Os estudos produzem informações que são armazenadas no banco de dados dos cadastros de fauna, que, por sua vez, gera os mapas. Ao divulgar espacialmente o estado atual de preservação da fauna, o IBGE contribui na orientação de possíveis programas de recuperação das espécies ameaçadas e no despertar da consciência ambiental.

Informe do ICMBio, publicado pelo EcoDebate, 11/07/2009

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