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Revista alemã identifica contaminação do mel por transgênicos e agrotóxicos, por Henrique Cortez

Öko-TEST, de 02/01/2009

A revista alemã Öko-TEST, de 02/01/2009, a partir de testes em laboratório, identificou uma generalizada contaminação do mel por transgênicos e agrotóxicos.

[EcoDebate] Na sua edição janeiro, a revista alemã Öko-TEST, publicou uma matéria especial sobre a análise de 24 marcas de mel comercializadas na Alemanha, incluindo 6 marcas produzidas a partir de pólen de canola, A análise visava identificar a eventual contaminação por transgênicos e agrotóxicos, bem como outros critérios de qualidade.

Apenas 3 produtos foram classificados como “muito bom”, enquanto seis nem maesmo receberam a classificação como “insuficiente”. Onze amostras (quase metade das amostras) – principalmente importadas da América do Sul – foram indentificadas como contaminadas com pólen geneticamente modificado, predominantemente de soja geneticamente modificada Roundup Ready.

Embora a soja forneça pouco néctar e, portanto, não seja uma planta indicada para a produção de mel, as abelhas, aparentemente, coletam o seu pólen. Países da América Latina, onde a soja geneticamente modificada é cultivada em grande quantidade, também são grandes exportadores de mel.

No caso do mel produzido por apicultores alemães e do sudeste da Europa também foram identificados casos de contaminação por transgênicos e agrotóxicos, mesmo entre o mel qualificado como “orgânico”.

A contaminação por agrotóxicos foi mais presente nas marcas alemãs de mel. A contaminação foi identificada, principalmente, como sendo do inseticida tiaclopride, encontrado nas marcas de mel com elevada proporção de canola.

Mesmo que os apicultores não queiram que o mel seja contaminado por agrotóxicos ou por transgênicos, não há como controlar a área de coleta das abelhas, que pode atingir 50Km2.

O artigo conclui que, embora ninguém queira que seu mel seja contaminado por transgênicos ou agrotóxicos, os resultados mostram que a coexistência de culturas convencionais e geneticamente modificadas é impossível.

Para acessar a matéria no original em alemão, clique aqui

[Por Henrique Cortez, do EcoDebate, 19/01/2009]

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2 thoughts on “Revista alemã identifica contaminação do mel por transgênicos e agrotóxicos, por Henrique Cortez

  • Missao Tanizaki

    Mel Contaminado – vamos encontrar as soluções ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

    Trata-se de um trabalho que demonstra que o mel está muito contaminado por TRANGÊNICOS e AGROTÓXICOS.

    Todos que atuam como Fiscal Federal Agropecuário tem obrigação de empenhar esforços para encontrar soluções para que a apicultura brasileira não caia em descrédito.

    Pelo exposto na matéria há contaminação com os TRANGÊNICOS – tudo indica que a saída é o estabelecimento de ZONEAMENTO da Produção de Transgênico e Instalação de Apiários, onde deve estabelecer afastamento de no mínimo de 50 km um do outro.

    Quanto aos AGROTÓXICOS devemos ampliar a Cultura dos Orgânicos e/ou passar a fazer uso intensivo de recursos alternativos apropriados, como o uso do Neem, citronela, capim-limão e outras plantas que apresentam propriedades apropriadas para o fim desejado.

    Os especialistas e os FFA’s que atuam na Área de Produtos Orgânicos podem dar boas contribuições para resolver os problemas da Produção Nacional de MEL quanto a contaminação por AGROTÓXICOS e
    TRANSGÊNICOS.

    Todo cidadão que ajudar a divulgar esse assunto estará contribuindo para encontrar soluções para a Apicultura Nacional e promover Produção de Alimentos mais Saudáveis / Seguros.

    MISSAO TANIZAKI
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao.tanizaki@agricultura.gov.br (NEW)
    Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF

    TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR

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