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Notícia

Como deter (ou pelo menos diminuir) o aquecimento global

Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, a humanidade vai entender que dinheiro não se come. Articulação do Jornal dos Amigos.

O que é o aquecimento global

O aquecimento global é um fenômeno climático em que o aumento da temperatura média da superfície da Terra vem ocorrendo nos últimos 150 anos. Causas antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar a ocorrência. Provavelmente a grande descarga de gases resultante da queima de combustíveis fósseis, junto com o gás metano proveniente de ruminantes (a população considerada de gado no mundo é de 200 milhões), lixões e aterros sanitários, e das flatulências dos próprios seres humanos, vêm contribuindo para o processo. Causas naturais também poderiam contribuir para o aquecimento global, como a influência da atividade solar no último século. Durante o século 20, o campo magnético do Sol, que protege a Terra da radiação cósmica, mais do que duplicou em intensidade, e o fluxo de radiação cósmica foi menor. Isso poderia ter reduzido o número de nuvens de baixa altitude na Terra, que promovem o arrefecimento da atmosfera.

O que cada um pode contribuir para diminuir a pressão

O grande desafio é a mudança de atitude. Isso requer não somente uma postura individual, mas coletiva. Os meios de comunicação podem e devem orientar a população para uma nova postura diante do desafio para conter o aquecimento global.

A água

A média conhecida de consumo de água para cada brasileiro tem sido de 80 litros diários. O parâmetro é consumo excessivo do americano, que é de 420 litros. Observe que eles não têm a quantidade de recursos hídricos que possuímos. O planeta dispõe apenas de 0,01% de água potável disponível, o que é suficiente para prover 20 bilhões de pessoas. Só que essa água disponível está diminuindo em meio à derrubada de florestas e poluição de mananciais. E a população mundial, hoje estimada em 6,5 bilhões, não pára de crescer. E ainda tem o gado para abastecer…

1. Algumas ações para o consumo racional da água

Coloque um temporizador em seu chuveiro elétrico. 5 minutos são razoáveis para um bom banho. Economiza água e energia elétrica. Mantenha a ducha aberta só o tempo indispensável, fechando-a enquanto se ensaboa. Prefira ducha à imersão (banheira). Isso economiza 7 mil litros por ano.

Não deixe a torneira aberta enquanto escovar os dentes ou se barbear.
Utilize “camisinha” na entrada da caixa d’água para deter impurezas. Com isso haverá economia na mão-de-obra para limpar a caixa e não será preciso esvaziá-la anualmente. Se for esvaziar caixa d’água ou cisterna, procure armazenar a água de alguma forma.

Repare imediatamente vazamentos: 10 gotas de água por minuto desperdiçam dois mil litros de água por ano.

Lave o automóvel com baldes d’água.

Deixe que a chuva lave a calçada. A água tratada custa caro.

2. Uso do banheiro

Não jogue no vaso sanitário cotonete, papel, ponta de cigarro, compressa, absorvente íntimo ou preservativo. Essa atitude fará com que não haja entupimento do sistema de esgoto, além de economizar seu tratamento (energia despendida). Utilize a lata de lixo.

3. Uso da cozinha

Lave os alimentos utilizando um recipiente para armazenar a água. Ao terminar, essa água pode ser aproveitada para regar plantas.

Não despeje óleo usado na pia ou vaso sanitário. O óleo flutuará sobre a água sendo difícil sua limpeza. Além disso, aumenta o custo de tratamento de esgoto.

O óleo usado, separe em vasilhame de vidro com tampa. Quando encher, descarte no lixo ou procure doar para alguém que faça reciclagem.

4. Uso da lavanderia

Utilize a máquina de lavar somente em sua capacidade máxima.

Reutilize a água da máquina de lavar roupa. Você pode lavar banheiro ou cozinha economizando também sabão.

5. Uso do jardim

O melhor momento para regar é à tardinha, pela menor evaporação.

Utilize água não potável para regar jardins. Lembre-se de reservar a água de cozimento de alimentos para regar as plantas (água fria, naturalmente).
Prefira plantas nativas, que requerem menos cuidados e menos água, além de preservarem o ecossistema.

Não esqueça de plantar sua árvore, pelo menos uma vez na vida.

6. Processamento de lixo

Aqui começa sua mudança de postura. No caso de lixo doméstico, mantenha pelo menos duas latas de lixo: uma para produtos orgânicos e outra para inorgânicos. Isso já vai ajudar bastante no processamento final do lixo

Havendo boa vontade, o lixo inorgânico pode ser separado em recicláveis e reutilizáveis. Existem instituições que já recebem esses materiais e ainda pagam por eles.

Material reciclável é aquele que é transformado em outro produto ou volta a ser processado, tais como:

Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão (rolo central do papel sanitário).
ATENÇÃO para os não recicláveis: etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papéis sanitários, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis plastificados, papéis sujos, guardanapos, pontas de cigarro, fotografias ou papel fotográfico.

Vidros: garrafas, copos, recipientes.
ATENÇÃO para os não recicláveis: espelhos, vidros planos, lâmpadas, cerâmica, porcelana, tubos de TV.

Metal: latas de aço e de alumínio, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
ATENÇÂO para os não recicláveis: esponjas de aço, canos.

Plástico: garrafas PET, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
ATENÇAO para os não recicláveis: cabo de panela, tomada, embalagem de biscoito, misturas de papel, plástico e metais.
Já existem processos de reciclagem de embalagens tetraplac (caixas de leite) na contrução de paredes e tetos.

Material reutilizável é aquele que ainda pode ser utilizado várias vezes, tais como:

Embalagens de isopor para ovos

Outras embalagem de isopor

Vasilhames

Materiais diversos.

7. Consumo de alimentos

Diminua o consumo de carnes vermelhas, pois será bom para sua saúde. Além disso, a criação de gado bovino contribui para o aquecimento global, pela devastação de florestas, eliminação de mananciais, causando desequilíbrio para o ecossistema. A produção de 1 quilo de carne requer 20 mil litros d’água, o que equivale a 600 banhos de chuveiro (2 anos tomando banho).

Pare de consumir enlatados. O atum, por exemplo, está em via de extinção. Produzir enlatados consome muitos recursos e energia, além de ser um problema o descarte para o lixo.

Modere o consumo alimentos e bebidas embalados em latas de alumínio, pois consomem muita energia na produção.

Fuja de alimentos transgênicos (modificado geneticamente). Sua produção é um perigo para o meio ambiente. Cientistas sérios não garantem que possam fazer bem para o organismo humano (de animais também) e podem contaminar plantações não transgênicas comprometendo o meio ambiente.

Não consuma animais exóticos, como tartaruga, jacaré etc.

Consuma frutas de época, verduras, legumes e cereais.

Fuja de gordura hidrogenada (margarinas), contidas em biscoitos, bolos, sorvetes industrializados. É pessimo para a saúde e o meio ambiente.

Não compre pescados pequenos para consumo.

Se possível, consuma alimentos ecológicos (sem pesticidas, sem inseticidas etc.)

8. Uso da energia elétrica

Diminua seu consumo diário.

Desligue TV, rádio, luzes, computador (tela) ou qualquer aparelho eletrônico que não estiver sendo usado.

No local de trabalho, apague as luzes em áreas não utilizadas.

Utilize lâmpadas de baixo consumo de energia.

9. Uso de energia alternativa

Use água quente somente se necessário e o necessário.

Use o aquecedor em último caso. Acenda-o somente 2 horas p/dia, graduando-o entre 50 e 60ºC.

Se puder, tome banho com água fria que é mais saudável.

Programe o uso do ferro elétrico e da máquina de lavar para economizar energia. Ao invés de usar o ferro elétrico três vezes por semana, use uma só vez por semana.

O petróleo, o carvão e o gás, utilizados para atender a demanda energética, são combustíveis geradores de gases como o dióxido de carbono, que aumentam a temperatura global.

Melhor cozinhar com gás do que com energia elétrica.

10. Uso de transporte

Diminua o uso de veículo particular. Programe sua saída.

Não viaje só. Organize traslados em grupos ou em transporte coletivo.

Calibre os pneus na pressão certa. Economiza gasolina, melhora o desempenho e o motor não queima combustível desnecessariamente.

Revise a emissão de gases do seu veículo.

Não acelere quando o veículo não estiver em movimento.

Reduza o uso do ar-condicionado, pois ele reduz a potência e eleva o consumo de combustível.

Diminua a velocidade. Não ultrapasse 100 km/h. Acima dessa velocidade o consumo de combustível é maior, além de representar perigo para sua segurança e de passageiros.

Não sobrecarregue o veículo: mais peso, maior consumo de combustível.

Comece a utilizar a bicicleta, na medida do possível.

11. Uso de papel

Use papel reciclado.

Faça cópias imprescindíveis.

Reutilize envelopes, embalagens, caixas etc.
12. Educação ambiental

Eduque-se. Procure saber mais sobre o sistema natureza. Mas não seja egoísta, retransmita o que aprendeu. Eduque principalmente aos jovens. Conheça a Agenda 21 Local.

Noções de educação ambiental

A educação ambiental busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas em nosso planeta. O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.

Há três níveis ou sistemas distintos de existência:

Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que seguem as leis da física e da química;

Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física, química, biologia e ecologia;

Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.